Oposição na Venezuela e pacifistas do Médio Oriente na lista de prémio Sakharov

A lista de candidatos ao prémio Sakharov anualmente atribuído pelo Parlamento Europeu foi hoje divulgada e inclui este ano membros da oposição venezuelana, pacifistas no Médio Oriente e o empresário norte-americano Elon Musk.

© Facebook Maria Corina Machado

O grupo do Partido Popular Europeu (PPE – inclui o PSD e o CDS)propôs a líder democrática venezuelana María Corina Machado e Edmundo Urrutia, que asseguram ter vencido as eleições que o Presidente Nicolás Maduro reclama.

Urrutia, que fugiu da Venezuela e se exilou em Espanha, é também o nome avançado pelos Reformistas e Conservadores Europeus, de direita, para receber o galardão.

O segundo maior grupo político, os Socialistas e Democratas (S&D, englobando o PS) apresentam como suas candidatas a israelita Yael Admi e a palestiniana Reem Hajareh, fundadoras dos movimentos de paz “Women Wage Peace” e “Women of the Sun”.

Os libarais do Renovar a Europa (inclui a IL) apoiam os mesmos movimentos, que advogam a paz entre Israel e a Palestina.

O empresário norte-americano dono da rede social X e da Tesla, Elon Musk, é o candidato da direita radical dos Patriotas pela Europa (CHEGA) e o grupo da Europa das Nações soberanas.

O grupo da Esquerda (PCP) indicou quatro jornalistas e um grupo de comunicação social na Palestina.

Os Verdes apresentaram o economista Gubad Ibadoghlu, que é um prisioneiro politico no Azerbaijão cuja detenção e condenação foi internacionalmente contestada como arbitrária e politicamente motivada.

No dia 17 de outubro é divulgada uma lista final com três nomes, eleitos pelas comissões parlamentar dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento.

O vencedor final – decidido pela Conferência de Presidentes (junta a líder do PE e os chefes das famílias políticas) – é anunciado em 24 de outubro, sendo o prémio entregue em 18 de dezembro, na última sessão plenária do ano.

O PE atribui o prémio Sakharov desde 1988, no valor de 50 mil euros, em celebração da liberdade de pensamento.

Os candidatos podem ser propostos por um grupo político ou pelos eurodeputados a título individual (sendo requerido o apoio, no mínimo, de 40 deputados a cada candidato).

Em 2023, o galardão foi atribuído a Jina Mahsa Amini e o movimento Mulher, Vida, Liberdade no Irão.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje “medidas enérgicas” contra os colonos radicais e seus atos de violência dirigidos à população palestiniana e também às tropas de Israel na Cisjordânia.
A direita radical francesa quer que o Governo suspenda a sua contribuição para o orçamento da União Europeia, de modo a impedir a entrada em vigor do acordo com o Mercosul.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou hoje que Teerão não está a enriquecer urânio em nenhum local do país, após o ataque de Israel a instalações iranianas, em junho.
O Governo britânico vai reduzir a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro”, anunciou hoje o Ministério do Interior num comunicado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).