DITADURA? Montenegro quer controlar informação que chega às pessoas

Na conferência “O Futuro dos Media”, Luís Montenegro, anunciou um corte de publicidade na RTP e não se conteve ao chamar “inimigas da democracia” às redes sociais.

© Folha Nacional

O primeiro-ministro pretende acabar gradualmente com a publicidade na RTP, algo que já constava de um pacote de medidas que inclui o apoio aos órgãos não estatais, de forma a valorizar a carreira dos jornalistas e combater a desinformação. No que toca às redes sociais, Montenegro afirma que esta forma de comunicação polui o espaço mediático. “As redes sociais são, muitas vezes, não tenham a menor dúvida, inimigas da democracia e inimigas da própria atividade da comunicação social. Não estou a dizer que vamos acabar com as redes sociais, mas é preciso ter garantias da veracidade daquilo que lá se diz. E precisamos que a comunicação social não vá, como vai muitas vezes, atrás das ondas das redes sociais. Quando o faz, está a diminuir o seu próprio trabalho”, declarou. As declarações de Luís Montenegro têm vindo a levantar críticas, uma vez que podem ser vistas como uma tentativa de controlar a informação a que as pessoas têm acesso e, portanto, podem ser consideradas censura, uma prática associada a regimes ditatoriais. André Ventura, líder do partido CHEGA, reagiu às declarações do primeiro-ministro e não poupou críticas àquele que considera ser “um ataque à liberdade de expressão e ao canal de televisão público RTP”. “Acho que é muito grave nós termos um primeiro-ministro a dizer isto e, por isso, nós queremos condenar, com muita veemência, estas palavras de Luís Montenegro sobre as redes sociais”, afirma André Ventura, concluindo que as redes sociais são hoje “a forma de liberdade e de expressão de muitos dos nossos cidadãos e esta desconsideração mostra que o primeiro-ministro, na verdade, tem uma conceção muito reduzida e acha que as novas formas de expressão, que não são controladas e são livres, são um sinal negativo”.

Para o CHEGA, a forma livre como as pessoas se expressam nas redes sociais é algo positivo, em nome da liberdade de expressão de cada um.

Após a apresentação do ‘Plano de Ação para a Comunicação Social’, o CHEGA decidiu avançar com um pedido de Audição do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Dr. Pedro Duarte, e do Conselho de Administração da RTP.

De recordar que no passado, Augusto Santos Silva também já tinha dado declarações onde defendia a regulação das redes sociais, considerando que estas não podem ser “uma espécie de zona livre”. Na Venezuela, Nicolás Maduro, conhecido pelas suas medidas ditatoriais, também adota políticas de censura da comunicação social e das redes sociais, tendo, mais recentemente, banido a rede social X no seu país. Em Cuba, país conhecido pela miséria trazida por uma ditadura comunista, o acesso à internet e às redes sociais também é restrito e caro, sendo que redes como Facebook e X, embora disponíveis, são monitoradas pelo Governo para impedir que as pessoas tenham acesso a informação e se revoltem contra o Estado.

Na Ásia, temos exemplos como a China ou a Coreia do Norte, conhecidas pelos seus regimes comunista que também limitam o acesso às redes sociais.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA vai apresentar um projeto de resolução para pedir ao Governo que suspenda temporariamente o reagrupamento familiar até à situação migratória “estar resolvida”, anunciou hoje o líder do partido, que acusou o executivo de ineficácia nesta matéria.
O Governo de Luís Montenegro alertou para a possibilidade de entrada de mais de 500.000 estrangeiros em Portugal nos próximos meses, devido ao reagrupamento familiar de imigrantes com processos de regularização pendentes. Segundo estimativas da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), cerca de 250.000 imigrantes estão em vias de regularização através das chamadas manifestações de interesse, enquanto outros 210.000 possuem vistos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e, por isso, terão direito ao reagrupamento familiar.
O CHEGA alcançou um novo marco na sua curta, mas ascendente história política: ultrapassou os 70.000 militantes, reforçando a sua posição como uma das maiores forças partidárias em Portugal. Com este crescimento, o partido liderado por André Ventura aproxima-se do objetivo declarado de se tornar o maior partido português em número de militantes.
O Presidente do CHEGA anunciou que vai pedir a audição do governador do Banco de Portugal no parlamento, depois de questionar se a divulgação das previsões económicas depois as eleições teve como objetivo favorecer o Governo.
O líder do CHEGA acusou o primeiro-ministro de querer trair a votação dos portugueses nas últimas eleições legislativas e avisou que o seu partido "não vai fazer acordos, como outros fizeram", se estiverem em causa "políticas erradas".
O Ministério Público instaurou um inquérito ao caso de uma cirurgia que Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, realizou no ano passado no Hospital de Santo António, no Porto, confirmou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mais dois nomes estão na ribalta por corrupção e não só. E o que não surpreende, nem ao CHEGA, nem a ninguém, é serem nomes ligados ao PS e PSD.
O CHEGA avisou, mas ninguém ouviu. A imigração está a escalar em Portugal e agora é o próprio Governo e a AIMA que admitem.
A distribuição dos lugares no hemiciclo da Assembleia da República continuou hoje sem reunir consenso na conferência de líderes e será agora alvo de um projeto de deliberação elaborado pelo presidente da Assembleia da República.
O líder do CHEGA, André Ventura, criticou hoje a recondução das ministras da Justiça e da Saúde no novo Governo e acusou o primeiro-ministro de "teimosia", dizendo que esperava mudanças em "áreas-chave".