CHEGA contra arguição de polícia que baleou suspeito e quer ouvir ministra no Parlamento

O presidente do CHEGA manifestou-se hoje contra a constituição como arguido do agente da PSP que baleou um homem na Cova da Moura e anunciou que vai propor uma audição parlamentar da ministra da Administração Interna sobre o caso.

© Folha Nacional

“Nós não devíamos constituir este homem arguido, devíamos agradecer a este polícia o trabalho que fez de parar um criminoso que estava disponível com armas brancas para atacar polícias, que estava disponível para desobedecer à sua ordem e à sua autoridade, que estava disponível para pôr em causa a ordem pública”, defendeu.

O presidente do CHEGA falava aos jornalistas na Assembleia da República, momentos antes de entrar para a reunião da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, que já decorria.

André Ventura afirmou que “o Governo faz uma grande gala e um grande anúncio público de um inquérito e de uma investigação sobre esta morte, quando não o fez sobre milhares de agressões a polícias que ocorrem em Portugal todos os anos, e que já ocorreram este ano”.

O líder do CHEGA defendeu que “a investigação tem de ser feita”, mas considerou que em Portugal os “polícias são bandidos, os criminosos merecem toda a atenção e merecem todos os louvores”.

Ventura disse que o CHEGA vai propor uma audição com urgência da ministra da Administração Interna para “dar explicações sobre este caso e sobre a investigação que a Inspeção Geral da Administração Interna está a organizar”.

A ministra Margarida Blasco será ouvida hoje na Assembleia da República, em audição regimental.

O líder do CHEGA considerou que o Governo e o primeiro-ministro deveriam agradecer ao agente da PSP, e dar “um sinal político” de que está “incondicionalmente ao lado das autoridades, incondicionalmente ao lado da polícia”, e dará às forças de segurança “todos os meios e a autoridade” que precisam, “nomeadamente para que esta noite não se voltem a repetir” os desacatos naquela zona.

Segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP), um homem de 43 anos “em fuga” morreu na segunda-feira após ser baleado pela polícia na Cova da Moura, quando tentava resistir à detenção e agredir os agentes com uma arma branca.

O agente que baleou mortalmente o homem foi constituído arguido e a arma de serviço foi-lhe apreendida.

Fonte da PSP disse à agência Lusa que se trata de um procedimento normal neste tipo de ocorrências e que o agente se mantém em funções.

A ministra da Administração Interna também determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito “com caráter de urgente”.

O processo que está a decorrer na Polícia Judiciária é criminal, sendo independente do inquérito de natureza disciplinar aberto pela IGAI.

Últimas de Política Nacional

O deputado municipal do CHEGA Bruno Mascarenhas é o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, foi hoje divulgado.
A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social)pediu hoje ao Governo que coloque no centro da ação governativa seis reformas, entre as quais da Segurança Social, fiscal ou da administração pública.
Uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e a TSF revela que 74 % dos portugueses são a favor da redução do número de deputados na Assembleia da República.
Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa dizia que ser português ou imigrante é a mesma coisa e que não há portugueses puros, o líder do CHEGA rejeitou a tentativa de “culpabilização histórica”.
Governo admite que nos próximos meses podem entrar mais de 500 mil imigrantes devido ao reagrupamento familiar, contrariando as suas promessas de controlar a imigração. Ventura considera “inaceitável”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje a União Europeia como parceiro essencial para a paz no espaço alargado que a circunda e apelou à Rússia para que volte ao concerto das nações.
O líder do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o ataque ao ator Adérito Lopes, mas criticou o Presidente da República e o primeiro-ministro por criticarem uns tipos de violência e ficarem em silêncio perante outros.
O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou hoje a ida a julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.
A Relação de Coimbra confirmou hoje a condenação a penas de prisão suspensas ao ex-eurodeputado do PSD Álvaro Amaro e ao atual presidente da Câmara de Gouveia, Luís Tadeu, entre outros arguidos envolvidos num caso de parcerias público-privadas.
O CHEGA vai entregar um projeto de lei que prevê a retirada da nacionalidade portuguesa a quem a tenha obtido por naturalização e cometa crimes graves ou incentive “o ódio ou humilhação da nação”, anunciou hoje o partido.