Exportações lusófonas para a China crescem 2,6% até setembro

As exportações lusófonas para a China aumentaram 2,6% nos primeiros nove meses de 2024, mantendo o melhor arranque de ano de sempre, de acordo com dados oficiais.

© D.R.

As exportações atingiram 109,1 mil milhões de dólares (100,3 mil milhões de euros), o valor mais elevado para o período entre janeiro e setembro desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013.

Os dados divulgados na sexta-feira mostram que a subida sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 2,8%, para 91,2 mil milhões de dólares (83,8 mil milhões de euros), um novo máximo para os primeiros nove meses do ano.

As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 2,2% para 13,5 mil milhões de dólares (12,4 mil milhões de euros), enquanto as exportações de Portugal subiram 8,9% para 2,33 mil milhões de dólares (2,14 mil milhões de euros).

Também Moçambique exportou mais para a China, com as vendas moçambicanas a subirem 6,1%, para 1,26 mil milhões de dólares (1,16 mil milhões de euros).

Pelo contrário, as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 16,8%, para 885,2 milhões de dólares (813,6 milhões de euros), enquanto as vendas de Timor-Leste (menos 99%), Cabo Verde (menos 82,4%) e São Tomé e Príncipe (menos 91,1%) também caíram em comparação com o período entre janeiro e setembro de 2023.

As exportações da Guiné-Bissau para a China mantiveram-se inalteradas nos primeiros nove meses de 2024, embora o país não tenha vendido mais de mil dólares (cerca de 919 euros) em mercadorias.

Na direção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 65,1 mil milhões de dólares (59,8 mil milhões de euros) da China, um aumento anual de 17,9% e um novo recorde para os primeiros nove meses do ano.

O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 55,1 mil milhões de dólares (50,6 mil milhões de euros), seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 4,64 mil milhões de dólares (4,27 mil milhões de euros).

Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 174,2 mil milhões de dólares (160,1 mil milhões de euros) entre janeiro e setembro, mais 7,8% do que em igual período de 2023 e um novo máximo para os primeiros nove meses do ano.

A China registou um défice comercial de 44,1 mil milhões de dólares (40,5 mil milhões de euros) com o bloco lusófono no período entre janeiro e setembro deste ano.

Em abril, o Fórum de Macau realizou a sexta conferência ministerial, durante a qual foi aprovado o novo plano de ação do organismo até 2027, concentrado em novas áreas de cooperação, como a economia digital e a economia azul.

Últimas de Economia

O Tribunal de Contas (TdC) e o membro português do TdC europeu alertaram hoje para os atrasos na execução dos fundos europeus, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O Banco de Portugal (BdP) emitiu hoje um alerta para ajudar os cidadãos a identificarem mensagens e chamadas telefónicas com falsas propostas de trabalho que, na realidade, correspondem a fraudes financeiras.
Os preços da habitação aceleraram em 19 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, no segundo trimestre, com Vila Nova de Gaia e Coimbra a liderar os maiores acréscimos, avançou esta quarta-feira o INE.
O Conselho Orçamental Europeu (COE), organismo consultivo independente da Comissão Europeia, criticou hoje a “reforma apressada e fragmentada” das regras orçamentais da União Europeia (UE), com tetos para défice e dívida pública, defendendo uma abordagem “mais restritiva”.
O preço mediano dos 41.608 alojamentos familiares transacionados, no segundo trimestre, foi 2.065 euros por metro quadrado, mais 19% que no mesmo período de 2024 e após um aumento de 18,7% no trimestre anterior, segundo o INE.
A dívida pública da zona euro avançou para 88,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2025, face a 87,7% no mesmo período do ano passado, com Portugal a registar a quinta maior descida homóloga.
Comparando com agosto, setembro registou mais 962 desempregados. Trata-se do segundo aumento mensal consecutivo, após seis meses seguidos de redução no número de desempregados.
A produção na construção aumentou 0,1% na zona euro e manteve-se estável na União Europeia (UE), em agosto, face ao mês homólogo, divulga esta segunda-feira o Eurostat.
As taxas impostas pelos EUA e a desvalorização do dólar estão a tornar as exportações portuguesas de pedra natural cerca de 40% mais caras, o que pode levar os clientes a procurar alternativas mais baratas, alerta a associação do setor.
O índice de preços na produção industrial caiu 3,7% em setembro, em termos homólogos, em resultado da redução de preços dos bens intermédios, da energia e dos bens de consumo, divulgou esta sexta-feira o INE.