Líder do CHEGA quer que Marcelo responsabilize ministra por situação no INEM

O líder do CHEGA saudou hoje o Presidente da República por se ter pronunciado sobre a situação em torno do INEM, mas disse esperar ainda que responsabilize a ministra da Saúde.

© Facebook da Presidência da República

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura saudou o chefe de Estado por “ter finalmente dito que têm de ser apuradas responsabilidades, doa a quem doer”.

“Infelizmente, não foi tão claro como deveria ser ou como foi noutros momentos. Gostaríamos que o fosse e que deixasse claro que essa responsabilidade tem que ser apurada e que é a senhora ministra e os dirigentes do Ministério da Saúde que têm que apurar, que têm que ter essa responsabilização perante os factos que têm ocorrido nos últimos dias”, afirmou.

Ventura apelou a Marcelo Rebelo de Sousa para que seja “ainda mais claro ao longo dos próximos dias em relação a esta matéria, como foi no passado em relação a outros governantes”.

O Presidente da República defendeu hoje que é preciso apurar os factos sobre a resposta do INEM no contexto da recente greve e eventuais responsabilidades administrativas e políticas, repetindo neste caso a expressão “doa a quem doer”.

“Tem de ser apurado por que é que aconteceu, quem é que devia ter feito e não fez, quem é que fez, mas fez mal, a nível administrativo e a nível político”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, num hotel de Cuenca, Equador, onde se encontra para participar na 29.ª Cimeira Ibero-Americana.

“E havendo apuramento de factos e havendo que também detetar responsabilidades, que sejam assumidas”, acrescentou o chefe de Estado, que considerou injusto estar ser acusado de não intervir neste caso como fez no passado e argumentou que quis primeiro apelar à resolução dos problemas.

Interrogado se entende que há responsabilidades administrativas e políticas neste caso do INEM, o Presidente da República respondeu: “Vamos ver”.

“Se houver administrativas e políticas, há administrativas e políticas. Eu uma vez usei, a propósito do caso Tancos, uma expressão que foi considerada muito excessiva na altura, que: é doa a quem doer. No fundo, quer dizer, vendo quais são os planos em que se devia ter agido, não agiu, em que se agiu mal ou agiu tardiamente”, completou.

Os atrasos no socorro no período de greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar poderão estar associados a mortes de cidadãos. Esta situação já motivou a abertura de sete inquéritos no Ministério Público, um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

Últimas de Política Nacional

Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde
A série de entrevistas da RTP aos candidatos presidenciais já permite tirar uma primeira conclusão: André Ventura foi o candidato que mais espetadores atraiu, segundo dados divulgados pela RTP ao Observador, que avançou os números.