Fortes protestos em Seul para destituir Yoon antes da votação parlamentar

Uma manifestação contra o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, começou hoje em Seul defronte da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, antes da sessão parlamentar destinada a aprovar a demissão do chefe de Estado pela aplicação da lei marcial.

© Facebook de Yoon Suk Yeol

O protesto, em que participam plataformas civis e políticas, bem como a Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU), o maior grupo sindical do país, começou às 15:00 locais (06:00 em Lisboa) em frente à sede do órgão legislativo e no meio de um grande dispositivo de segurança.

Alguns dos grupos participantes, incluindo a confederação sindical, reuniram-se noutras zonas da capital antes do protesto geral e deslocaram-se para a Assembleia no que designaram por “Marcha Nacional de Vigília”, que poderá prolongar-se pela tarde e pela noite, dependendo dos resultados da votação de hoje.

O protesto envolve cidadãos vindos de outras partes do país em viagens organizadas por associações civis ou grupos sindicais, enquanto no distrito de Yeouido, onde se situa a Assembleia, centenas de polícias foram destacados para evitar incidentes.

Segundo a agência noticiosa local Yonhap, um homem de 50 anos foi detido no início da manifestação depois de ter tentado fazer-se explodir junto à Assembleia Nacional e teve de ser hospitalizado, desconhecendo-se o seu estado de saúde.

Devido à grande afluência de pessoas, o operador do metro informou que os comboios não irão parar durante as próximas horas nas duas estações mais próximas do Parlamento.

A votação da moção de destituição de Yoon, uma iniciativa parlamentar apresentada pela oposição, que tem a maioria no parlamento sul-coreano, está prevista para as 17:00 locais (08:00 GMT).

A chave da votação será a disciplina dos deputados do Partido do Poder Popular (PPP) de Yoon. Embora o PPP tenha aprovado a linha política de apoiar o Presidente para se manter no poder, as principais vozes do partido também criticaram Yoon por ter recorrido na terça-feira a uma medida tão extrema sem justificação.

O líder do partido, Han Dong-hoon, apelou na véspera à “suspensão imediata do Presidente do cargo, com vista a proteger a República da Coreia, nome oficial do país, e o seu povo.

Hoje, afirmou que a “demissão antecipada” de Yoon era “inevitável”, acrescentando que o partido iria deliberar sobre a melhor forma de proceder antes da votação parlamentar.

As declarações de hoje foram feitas depois de Yoon ter pedido desculpa “por ter causado preocupação e incómodo ao público”, num discurso em que também disse que deixava ao seu partido a responsabilidade de “estabilizar a situação política, incluindo o seu mandato”.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).