Esta proposta surge um mês depois de o ministro-adjunto e da Coesão Territorial ter reconhecido que sem um reforço da entrada de imigrantes “não haverá condições” para executar atempadamente todas as obras financiadas com fundos europeus, nomeadamente no âmbito do PRR.
“A empresa tem de garantir um contrato de trabalho, residência e formação profissional, o que permite que o trabalhador se mantenha no país até à concessão do visto de residência”, adianta o JN.
Com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o JN refere que o setor da construção ganhou 89 mil trabalhadores nos últimos cinco anos, mas de acordo com Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), são ainda precisos cerca de 80 mil trabalhadores só para “executar as obras já previstas e calendarizadas.”
A falta de mão-de-obra “abrange todos os níveis de qualificação”, vinca Reis Campos ao JN, salientando que a complexidade dos projetos “veio intensificar a necessidade de técnicos com formação em áreas como BIM, construção modular e tecnologias de eficiência energética”.
O JN lembra que o problema da falta de trabalhadores agravou-se com o fim do mecanismo de manifestação de interesse e com a consequente redução de 80% do número de pedidos de residência por parte de imigrantes.