Acidentes rodoviários a crescer desde 2014 com 20.561 e 266 mortos até julho

Mais de 20.000 acidentes rodoviários registaram-se até julho nas estradas portuguesas e provocaram 266 mortos e 1.451 feridos graves, revelou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, destacando a tendência crescente da sinistralidade desde 2014.

© D.R.

O relatório de sinistralidade a 24 horas e fiscalização rodoviária de julho de 2024, hoje divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), dá também conta que se verificou um agravamento da sinistralidade em relação ao mesmo período de 2019, ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal.

O relatório precisa que, entre 01 de janeiro e 31 de julho, registaram-se no Continente 20.561 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 266 vítimas mortais, 1.451 feridos graves e 23.938 feridos ligeiros, menos 14 vítimas mortais (-5,0%) face ao mesmo período de 2023, mas mais 626 desastres (+3,1%), mais 49 feridos graves (+3,5%) e mais 647 feridos ligeiros (+2,8%).

“Comparando com o período homólogo de 2014, a tendência crescente foi visível nos acidentes (+3.766; +22,4%), nas vítimas mortais (+14; +5,6%), nos feridos graves (+296; +25,6%) e nos feridos leves (+3.783; +18,8%)”, refere a ANSR.

Nos primeiros sete meses do ano, e em relação ao mesmo período de 2019, verificou uma ligeira diminuição nos feridos ligeiros, com menos 145, mas registou-se um aumento nas vítimas mortais (mais sete) nos feridos graves (mais 191) e nos acidentes (mais 639 acidentes).

A colisão representou a natureza de acidente mais frequente nos primeiros sete meses de 2024, correspondendo a 53,3% dos acidentes, seguido dos despistes, mas foi nos atropelamentos que se registaram mais aumentos face ao ano passado.

A ANSR destaca que, em comparação com os primeiros sete meses de 2023, a subida de 5,3% nos acidentes por atropelamento (2 704) refletiu-se num aumento de 8,6% das vítimas mortais (35) e de 20,5% dos feridos graves (229).

O documento indica também que, de janeiro a julho de 2024, o número de vítimas mortais dentro das localidades (152) foi superior ao apurado fora das localidades (114), comparando com 2019 e a 2023, observou-se um aumento das vítimas mortais dentro das localidades (+23,6% e +14,3%, respetivamente), mas uma tendência decrescente fora das localidades (-16,2% face a 2019 e -22,4% face a 2023).

Quanto ao tipo de via, nos primeiros sete meses de 2024 mais de metade (62,8%) dos acidentes ocorreram em arruamentos, seguido das estradas nacionais (19,6%) e autoestradas (5,9%). Naquele período, 74,4% do total das vítimas dos acidentes correspondiam a condutores, enquanto 14,3% eram peões e 11,3% passageiros.

Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 71,5% do total, tendo-se registado um aumento de 3,1% relativamente a igual período de 2023, bem como “subidas significativas” nos velocípedes e nos motociclos.

A ANSR indica mais de metade das vítimas se deslocava num veículo ligeiro, enquanto 22,2% circulava em motociclos e 7,6% em velocípedes.

Nos primeiros sete meses do ano, metade do número de vítimas mortais registou-se na rede rodoviária sob a responsabilidade das Infraestruturas de Portugal (39,8%), Brisa (3,4%), Ascendi (2,3%) e município de Viseu, Caldas da Rainha e Paredes (1,9% cada).

A ANSR frisa ainda que, entre janeiro e julho, verificou-se um aumento no número de acidentes em 13 dos 18 distritos, com maior expressão em Évora (+25,5%), Guarda (+12,7%) e Viana do Castelo (+10,6%), enquanto as vítimas mortais registaram aumentos em oito distritos, com as maiores subidas em Lisboa e Braga.

Últimas do País

Três urgências de ginecologia e obstetrícia e duas de pediatria estão hoje encerradas, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, de acordo com as escalas publicadas no portal do SNS.
Sete pessoas morreram em contexto de violência doméstica nos primeiros três meses do ano, revelou hoje a PJ, avançando que, entre 2020 e março de 2025, as mortes neste âmbito representaram praticamente 25% do total de investigações por homicídios.
Duas pessoas foram detidas por suspeitas de auxílio à imigração ilegal e de tráfico de pessoas, no âmbito de uma operação que incluiu o cumprimento de 70 mandados de busca em vários locais do norte e centro do país.
De acordo com uma ficha de projeto, de nome ‘Operação Integrada Local Freguesia de Algueirão Mem Martins’, publicada no portal 'Mais Transparência', a que o Folha Nacional teve acesso, a Fundação Islâmica de Palmela (FIP) recebeu cerca de 22,8%, ou seja, 83,5 mil euros de um investimento de 365,6 mil euros.
Cinco urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria vão estar encerradas no sábado e seis no domingo, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, de acordo com as escalas publicadas no portal do SNS.
A PSP deteve 187 pessoas, das quais 100 por condução de veículo em estado de embriaguez no âmbito de uma operação direcionada a veículos de duas rodas e trotinetes, que decorreu entre 28 de maio e 03 de junho.
Vinte pessoas foram detidas numa operação internacional liderada pela Polícia Nacional espanhola contra a pornografia infantil em 12 países, entre os quais Portugal, informaram a Interpol e as autoridades espanholas.
Quase 11 mil artigos contrafeitos, a maioria peças de roupa e sapatilhas, no valor de mais de 60 mil euros foram apreendidos pela GNR durante uma operação de fiscalização realizada em maio em feiras e mercados.
A adesão à greve dos técnicos auxiliares de saúde rondou os 80% no turno da noite, afetando essencialmente serviços de internamento e urgências hospitalares, disse à Lusa uma fonte sindical.
A PSP tem hoje em curso uma operação num armazém de uma igreja evangélica alegadamente usado para habitação ilegal, em São João da Talha, Loures, confirmou à Lusa fonte daquela força de segurança.