Quem o disse foi o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, ao Diário de Notícias, que admitiu que “a escassez de mão-de-obra no setor é um sério problema, com previsíveis impactos nos prazos de execução das obras.”
A verdade é que a falta de mão-de-obra já se faz sentir, ameaçando a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com as construtoras a referirem a necessidade de recorrer à imigração.
Segundo o ECO Online, a preocupação da concessionária prende-se com a disponibilidade de mão-de-obra das construtoras para uma obra da envergadura do novo aeroporto, em simultâneo com outras grandes obras públicas. Quando deu o pontapé de saída para a construção do Luís de Camões, o Governo aprovou também os estudos para a Terceira Travessia do Tejo (rodoferroviária) e para o lançamento da linha de Alta Velocidade Lisboa – Madrid, de forma a garantir a acessibilidade à infraestrutura. Durante a próxima década estará ainda em obra a linha Lisboa – Porto – Vigo.
A Comissão Técnica Independente – responsável pelo estudo do aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa – tinha estimado um prazo de sete anos para a inauguração de uma primeira pista. Já o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, tinha apontado para um período de dez anos.
Assim, a ANA irá procurar responder à expectativa do Executivo, mas há mais obstáculos, como o tempo para a elaboração da Declaração de Impacte Ambiental.