Rússia promete responder a novo ataque ucraniano com mísseis norte-americanos

A Rússia prometeu hoje responder a um novo ataque ucraniano contra o seu território que disse ter sido realizado com mísseis de longo alcance ATACMS norte-americanos.

© Facebook/Vladimir Putin

“Estas ações do regime de Kiev, que é apoiado pelos seus guardiões ocidentais, serão alvo de retaliação”, afirmou o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.

A instituição anunciou horas antes que tinha intercetado oito mísseis ATACMS num ataque contra a região de Belgorod, junto à fronteira entre os dois países, em guerra desde fevereiro de 2022.

“As defesas aéreas abateram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabrico norte-americano e 72 ‘drones’”, informou o exército russo num comunicado, sem especificar se o ataque causou vítimas ou danos materiais.

A administração do Presidente dos Estados Unidos cessante, Joe Biden, autorizou em novembro a utilização dos mísseis ATACMS por Kiev, depois de se ter oposto durante muito tempo.

A autorização foi dada na sequência do destacamento, segundo o Ocidente e a Ucrânia, de milhares de soldados norte-coreanos em apoio dos soldados russos.

Desde então, Kiev efetuou vários ataques com mísseis ATACMS de longo alcance e com Storm Shadows britânicos.

A Rússia retaliou com o primeiro disparo de uma arma hipersónica experimental denominada Orechnik e prometeu “uma resposta” a cada ataque ucraniano deste tipo contra o seu território.

Nas últimas semanas, o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou ordenar ao exército que atacasse o centro de Kiev em resposta a ataques ucranianos com ATACMS ou Storm Shadows, mas até agora não concretizou as ameaças.

Donald Trump, que vai suceder a Biden como Presidente em 20 de janeiro, afirmou em dezembro que se opunha à utilização pela Ucrânia de mísseis ATACMS, invocando um agravamento do conflito.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de forma independente de imediato.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada por Putin para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.

Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.

Últimas do Mundo

O Presidente francês defendeu hoje que os ucranianos devem "ter discussões realistas sobre questões territoriais" para encontrar uma solução para o conflito desencadeado pela invasão russa em 2022, num momento em que Kiev enfrenta uma situação desfavorável no terreno.
A polícia militar belga deteve hoje um homem armado com uma faca que tentou entrar no gabinete do primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo, em Bruxelas, anunciaram as autoridades.
Subiu para seis o número de mortos no ataque ao mercado de Natal de Magdeburgo, na Alemanha, em 20 de dezembro, divulgou hoje fonte judicial.
Três israelitas morreram hoje num ataque com tiros contra um autocarro em Al-Funduq, uma aldeia palestiniana no norte da Cisjordânia que é rodeada de colonatos judeus, segundo um serviço de emergência israelita.
A segurança em torno do Capitólio norte-americano está reforçada para a contagem e certificação das presidenciais de 2024, evidenciando as marcas deixadas pelo ataque à democracia perpetrado há quatro anos por apoiantes de Donald Trump.
A Coreia do Norte lançou hoje um míssil balístico em direção ao mar do Japão, anunciou o exército sul-coreano, no dia da visita do chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a Seul.
O candidato da oposição Edmundo González Urrutia, que reclama a vitória nas presidenciais da Venezuela, disse que deveria “assumir o papel de comandante em chefe” das forças armadas na sexta-feira.
O Papa Francisco apelou hoje à comunidade internacional para agir com firmeza para que o direito humanitário seja respeitado nos conflitos armados no mundo.
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane acusou o presidente do Podemos, que apoiou a sua candidatura, de violar o acordo pré-eleitoral entre ambos, ao admitir a posse dos deputados eleitos pelo partido, até agora sem representação parlamentar.
O presidente deposto sul-coreano ignorou a oposição de três ministros à declaração de lei marcial, no início de dezembro, de acordo com um relatório do Ministério Público consultado hoje pela agência de notícias France-Presse (AFP).