Trump diz que leitura de sentença em caso de suborno é ataque ilegítimo

Donald Trump classificou de “ataque político ilegítimo” a decisão do juiz Juan Merchan de marcar a leitura da sentença de um caso de alegado suborno para dez dias antes de assumir a presidência norte-americana.

©facebook.com/DonaldTrump

Em causa estão pagamentos à ex-atriz de filmes para adultos Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels.

“Este ataque político ilegítimo não é mais do que uma farsa manipulada. O juiz ‘interino’ Merchan, que é um partidário radical, acaba de emitir outra ordem que é deliberadamente ilegal, vai contra a nossa Constituição e, se for permitido que se mantenha, será o fim da Presidência tal como a conhecemos”, escreveu na sexta-feira Trump na rede social Truth Social.

“Merchan tem tão pouco respeito pela Constituição que mantém em vigor uma ordem de censura ilegal contra mim, seu presidente e presidente eleito, apenas para não expor os conflitos inqualificáveis e ilegais dele e da sua família”, acrescentou Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro.

O juiz Juan Merchan determinou na sexta-feira que o presidente eleito tem de comparecer em tribunal no dia 10 de janeiro, para ouvir a sentença relativa ao caso de alegado suborno.

A decisão de Merchan acaba com dois meses de especulações e manobras entre os advogados de Trump e a Justiça dos EUA, depois de o magnata ter vencido as eleições presidenciais em novembro último.

Em abril, Trump foi condenado em 34 acusações, quando ainda nem sequer era candidato confirmado à Casa Branca.

O juiz responsabilizou-o de falsificação de documentos, para ocultar um pagamento de 130 mil dólares (126 mil euros) a Stormy Daniels, para que esta não falasse de uma suposta relação extramatrimonial entre os dois.

O Supremo Tribunal entende que os ex-presidentes têm imunidade em relação a atos oficiais. A defesa de Trump argumentou que este entendimento significava que a condenação deveria ser anulada. Mas Merchan contrapôs que a imunidade não se aplica a este caso.

A condenação de Trump implica a possibilidade de uma sentença de até quatro anos de prisão, os quais, contudo, podem ser substituídos por alternativas, que vão da liberdade condicional ao pagamento de multas.

Últimas do Mundo

O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi hoje preso preventivamente a pedido do Supremo Tribunal Federal, segundo a imprensa local.
A União Europeia admite que a conferência da ONU sobre alterações climáticas termine “sem acordo” por considerar que a proposta hoje apresentada pela presidência brasileira da COP30 é inaceitável.
A Comissão Europeia exigiu hoje ao Governo de Portugal que aplique corretamente uma diretiva que diz respeito aos requisitos mínimos de energia nos produtos que são colocados à venda.
Um número indeterminado de alunos foi raptado de uma escola católica no centro da Nigéria, anunciou hoje um responsável local, assinalando o segundo rapto deste tipo no país numa semana.
Sheikh Hasina, outrora a mulher mais poderosa do Bangladesh, cai agora como carrasco nacional: um tribunal condenou-a à morte por orquestrar a carnificina que matou 1.400 manifestantes e feriu 25 mil.
A violência contra cristãos disparou em 2024, com mais de 2.200 ataques que vão de igrejas incendiadas a fiéis assassinados, revelando uma Europa cada vez mais vulnerável ao extremismo e ao ódio religioso. Alemanha, França, Espanha e Reino Unido lideram a lista negra da cristianofobia.
O procurador-geral de Espanha, Álvaro García Ortiz, foi esta quinta-feira, 20 de novembro, condenado pelo Tribunal Supremo do país por um delito de revelação de informações pessoais e em segredo de justiça através do reenvio de um 'e-mail' a jornalistas.
O crescimento económico na OCDE desacelerou para 0,2% no terceiro trimestre, menos duas décimas que no segundo, com uma evolução diferente entre os países membros e uma queda significativa da atividade do Japão.
Cerca de mil pessoas, incluindo mais de 130 alpinistas, foram hoje retiradas das proximidades do vulcão Semeru, na ilha de Java, que entrou em erupção na quarta-feira, disseram as autoridade indonésias.
A ação, hoje anunciada pela Europol, decorreu na quinta-feira, no âmbito do Dia da Referenciação, e abrangeu Portugal, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Reino Unido.