Polícia desconhece paradeiro do presidente deposto da Coreia do Sul

A polícia da Coreia do Sul disse hoje que está a rastrear a localização exata do presidente deposto, que poderá ter abandonado a residência presidencial, numa altura em que enfrenta um mandado de detenção.

© Facebook de Yoon Suk Yeol

Fonte policial citada pela agência de notícias pública sul-coreana Yonhap disse que não é possível “revelar especificamente” a localização atual de Yoon Suk-yeol, que se crê ter estado confinado na residência presidencial em Seul desde meados de dezembro, quando foi destituído pelo parlamento, e o início desta semana.

Desde essa altura, referiu a mesma fonte, não é possível confirmar o paradeiro do dirigente.

A polícia conseguiu confirmar que Yoon se encontrava na residência presidencial na sexta-feira, quando vários agentes da agência anticorrupção tentaram detê-lo, sem sucesso, depois de a segurança presidencial ter impedido o acesso à casa.

O Partido Democrático (PD), principal formação política da oposição, falou sobre uma possível fuga de Yoon na terça-feira, quando o diretor da agência anticorrupção, Oh Dong-won, disse a uma comissão parlamentar que não tinha recebido qualquer informação de que Yoon estivesse na residência.

Questionado sobre uma possível fuga, Oh disse que “estão a ser consideradas várias possibilidades”.

A pressão exercida pelo PD levou a polícia a tentar confirmar a localização de Yoon.

“Tanto quanto sabemos, o presidente encontra-se atualmente na sua residência oficial”, afirmou, por sua vez, um representante do gabinete presidencial, citado pela Yonhap.

Yoon, que foi proibido de sair do país, está a ser investigado por rebelião, crime que pode ser punido com prisão perpétua ou pena de morte, depois de ter declarado lei marcial, a 03 de dezembro.

Se conseguirem deter Yoon, os investigadores têm 48 horas para o interrogar e até solicitar um mandado para prolongar a detenção, caso o considerem necessário.

Yoon foi destituído pelo parlamento a 14 de dezembro depois de declarar lei marcial e aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional, até junho, sobre a reintegração ou destituição definitiva.

Entretanto, o PD anunciou na terça-feira que vai apresentar uma queixa contra o novo presidente interino, Choi Sang-mok, por alegado incumprimento do dever no que diz respeito à detenção do antigo presidente.

Uma comissão especial do PD fez o anúncio durante uma conferência de imprensa, na Assembleia Nacional, criticando Choi por ter permitido que a segurança presidencial bloqueasse a entrada da residência na sexta-feira, impedindo a detenção de Yoon.

“De acordo com os relatos, o presidente interino Choi permaneceu em silêncio mesmo quando o Gabinete de Investigação da Corrupção solicitou cooperação relativamente à detenção do presidente Yoon”, afirmou a comissão, num comunicado divulgado pela Yonhap.

O partido também criticou Choi por não ter tomado qualquer medida contra o chefe da segurança presidencial, Park Chong-un, apesar do envolvimento deste no bloqueio da detenção de Yoon.

Choi, antigo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, está à frente do país desde 27 de dezembro, data em que o parlamento destituiu Han Duc-soo, que tinha substituído Yoon como presidente.

Han foi destituído depois de ter declarado a intenção de continuar a deixar vagos três lugares no Tribunal Constitucional, essenciais para confirmar a destituição de Yoon.

Últimas do Mundo

A proprietária do Daily Mail, DMGT, assinou um acordo com o grupo Redbird IMI para adquirir o jornal britânico Telegraph por 500 milhões de libras esterlinas (cerca de 569 milhões de euros), anunciou hoje a editora em comunicado.
O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi hoje preso preventivamente a pedido do Supremo Tribunal Federal, segundo a imprensa local.
A União Europeia admite que a conferência da ONU sobre alterações climáticas termine “sem acordo” por considerar que a proposta hoje apresentada pela presidência brasileira da COP30 é inaceitável.
A Comissão Europeia exigiu hoje ao Governo de Portugal que aplique corretamente uma diretiva que diz respeito aos requisitos mínimos de energia nos produtos que são colocados à venda.
Um número indeterminado de alunos foi raptado de uma escola católica no centro da Nigéria, anunciou hoje um responsável local, assinalando o segundo rapto deste tipo no país numa semana.
Sheikh Hasina, outrora a mulher mais poderosa do Bangladesh, cai agora como carrasco nacional: um tribunal condenou-a à morte por orquestrar a carnificina que matou 1.400 manifestantes e feriu 25 mil.
A violência contra cristãos disparou em 2024, com mais de 2.200 ataques que vão de igrejas incendiadas a fiéis assassinados, revelando uma Europa cada vez mais vulnerável ao extremismo e ao ódio religioso. Alemanha, França, Espanha e Reino Unido lideram a lista negra da cristianofobia.
O procurador-geral de Espanha, Álvaro García Ortiz, foi esta quinta-feira, 20 de novembro, condenado pelo Tribunal Supremo do país por um delito de revelação de informações pessoais e em segredo de justiça através do reenvio de um 'e-mail' a jornalistas.
O crescimento económico na OCDE desacelerou para 0,2% no terceiro trimestre, menos duas décimas que no segundo, com uma evolução diferente entre os países membros e uma queda significativa da atividade do Japão.
Cerca de mil pessoas, incluindo mais de 130 alpinistas, foram hoje retiradas das proximidades do vulcão Semeru, na ilha de Java, que entrou em erupção na quarta-feira, disseram as autoridade indonésias.