Rússia e Irão vão assinar esta semana um acordo de parceria

A Rússia e o Irão vão assinar um acordo de parceria estratégica na sexta-feira, durante uma visita à Rússia do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, anunciou hoje o Kremlin.

© X de Masoud Pezeshkian

“No dia 17 de janeiro, [o chefe de Estado russo] Vladimir Putin vai reunir-se com o Presidente da República Islâmica do Irão, Masoud Pezeshkian”, que vem à Rússia para uma visita oficial, informou a Presidência russa num comunicado.

Os dois Presidentes assinarão o acordo de parceria estratégica abrangente entre a Rússia e o Irão e farão declarações aos meios de comunicação social”, acrescentou a nota à imprensa.

A Rússia e o Irão estão sujeitos a sanções internacionais que restringem o comércio, mas estabeleceram laços estreitos em vários setores, incluindo o militar.

O acordo abrange “a cooperação económica e comercial nas áreas da energia, ambiente e questões relacionadas com a defesa e a segurança”, disse a embaixada iraniana na Rússia na rede social Telegram na semana passada.

O contorno exato do pacto ainda não ficou claro, mas Moscovo assinou um acordo com exatamente o mesmo nome com a Coreia do Norte no ano passado.

Este “tratado de parceria estratégica abrangente”, ratificado pelos deputados russos em outubro passado, prevê em particular num dos seus artigos “ajuda militar imediata” em caso de agressão armada por países terceiros.

O ocidente viu isto como um risco de uma grande escalada no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que começou há quase três anos.

A Coreia do Norte é acusada por Kiev e pelo ocidente de enviar soldados para combater com o exército russo contra as forças ucranianas. Moscovo e Pyongyang não confirmaram nem desmentiram.

Teerão é também acusado pelo ocidente de fornecer ‘drones’ Shahed, explosivos e mísseis de curto alcance à Rússia, ajudando o exército russo na guerra contra a Ucrânia, acusações que são rejeitadas pelo Irão.

Últimas de Política Internacional

O Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou hoje o projeto de lei do Presidente Donald Trump, apelidado de "Big Beautiful Bill", sobre as grandes reduções fiscais e cortes na despesa, por uma margem mínima de votos.
O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou hoje que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.
O Governo norte-americano anunciou hoje que vai cortar o financiamento federal para Organizações Não Governamentais (ONG) envolvidas em distúrbios, independentemente do resultado de uma resolução a aprovar no Congresso sobre este assunto.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, previu hoje "decisões históricas e transformadoras" na cimeira de Haia para alocar 5% do PIB à defesa, visando compensar o "esforço desproporcional" dos Estados Unidos.
O presidente ucraniano deverá pedir mais sanções de Washington contra Moscovo e a aquisição de armamento dos EUA. A reunião deverá começar pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, pediu hoje aos aliados europeus que "não se preocupem tanto" com os Estados Unidos da América e se foquem em aumentar o seu investimento em Defesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem hoje os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.