Chega só retira moção de censura se houver esclarecimentos de Montenegro

O presidente do CHEGA, André Ventura, garantiu hoje que o partido só retirará a moção de censura ao Governo se o primeiro-ministro der esclarecimentos sobre a atividade da empresa da mulher e dos filhos.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas à entrada para uma reunião do Grupo Parlamentar do CHEGA na Assembleia da República, André Ventura disse que o partido só retirará a moção de censura se o primeiro-ministro responder aos jornalistas sobre os fins da empresa, bem como detalhes sobre os negócios feitos.

Ventura disse que, perante a ausência de esclarecimentos de Luís Montenegro, o CHEGA “nunca” irá recuar na censura ao Governo por considerar que o primeiro-ministro tem de responder e que não se pode “ceder à corrupção”.

O presidente do partido de direita radical advertiu que os esclarecimentos não podem ser dados pelo gabinete do primeiro-ministro porque este “não sabe” os detalhes em torno desta empresa, nomeadamente sobre a sua faturação e/ou localização.

O líder do CHEGA abordou o facto de a empresa da família de Montenegro estar sediada na mesma morada que a sua casa em Espinho, considerando-o um aspeto “gritante e aviltante” que deve ser esclarecido pelo líder do Governo.

Questionado sobre se a moção de censura não poderia ser interpretada como uma tentativa de desviar as atenções das polémicas que têm assolado o partido nas últimas semanas, Ventura defendeu que há uma diferença entre a sua atitude e a do primeiro-ministro, afirmando que “não houve um dia” em que não tenha falado aos jornalistas sobre esses casos.

O CHEGA entregou hoje no parlamento uma moção de censura ao XXIV Governo Constitucional por considerar que recaem sobre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “suspeitas gravíssimas de incompatibilidade” no exercício de funções públicas.

Na moção de censura – intitulada “Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave” – entregue hoje no parlamento, o CHEGA argumenta que está em causa um “cenário de total e generalizada descredibilização do Governo e do primeiro-ministro” que deve resultar na demissão do executivo minoritário PSD/CDS-PP.

O executivo tem na Assembleia da República o apoio de 80 dos 230 deputados: 78 do PSD e dois do CDS-PP. Sem o voto favorável do PS, que tem 78 deputados e que recusou dar “para o peditório” do CHEGA, qualquer moção de censura tem chumbo assegurado

De acordo com o Regimento da Assembleia da República, o debate de uma moção de censura “inicia-se no terceiro dia parlamentar subsequente à apresentação da moção de censura”, neste caso, sexta-feira dia 21 de fevereiro.

Últimas de Política Nacional

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou, esta quinta-feira, que os cartazes da campanha presidencial de André Ventura, com as mensagens 'Isto não é o Bangladesh' e 'Os ciganos têm de cumprir a lei', não configuram qualquer “ilícito eleitoral”.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, desafiou hoje Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, seus adversários na corrida a Belém, para um debate centrado no tema da saúde.
A PAPT - Associação Public Affairs Portugal pretende sensibilizar os candidatos presidenciais para a urgência de regulamentar a representação de interesses ('lobbying'), caso o diploma em análise no parlamento fique a aguardar a chegada de um novo inquilino a Belém.
O candidato a Belém André Ventura acusou hoje o Presidente da República de ter condicionado a aprovação das novas leis de estrangeiros e da nacionalidade e criticou-o pelo silêncio sobre a situação na saúde.
Apesar de o PS ter vencido as eleições autárquicas, Jorge Novo foi derrubado da presidência da Assembleia Municipal de Bragança, com Eduardo Malhão, do PSD, a assumir o cargo graças aos votos dos presidentes de junta.
A recontagem dos votos para a Câmara Municipal de Lisboa, feita hoje em assembleia de apuramento geral, confirmou a eleição de um segundo vereador para o CHEGA.
O socialista Marco Costa, deputado municipal recém-empossado em Setúbal, foi detido pela polícia por suspeitas de roubo em plena via pública. O autarca, filho do antigo vereador Catarino Costa, deverá ser ouvido por um juiz para conhecer as medidas de coação.
O barómetro DN/Aximage mostra um duelo cada vez mais aceso pela liderança. Ventura sobe nas preferências e mostra que está pronto para disputar Belém até ao fim.
O candidato presidencial André Ventura reagiu com indignação às queixas apresentadas na Comissão Nacional de Eleições (CNE), considerando que está a ser alvo de uma tentativa de silenciamento e perseguição política.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta sexta-feira no Parlamento que 154 bebés nasceram fora de unidades hospitalares em 2025, até ao momento.