Falta de salas é um dos problemas do Campus de Justiça de Lisboa

A falta de salas adequadas para advogados, a dimensão das salas de audiência e o cruzamento nos corredores entre magistrados, arguidos e vítimas são os principais problemas identificados pelos advogados no Campus de Justiça de Lisboa, segundo um inquérito recente.

PEDRO NUNES / LUSA

O questionário foi realizado pelo Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados entre 16 de janeiro e 12 de fevereiro e contou com a resposta de 825 profissionais, cerca de 5% dos inscritos naquele órgão.

De acordo com os resultados do inquérito, a que a Lusa teve acesso, 52% dos inquiridos consideraram que as instalações do Campus de Justiça de Lisboa “reúnem as condições de trabalho adequadas” para todos os operadores judiciários, enquanto os restantes 48% evidenciaram a falta de condições.

Entre estes últimos, 117 causídicos afirmaram que “nenhum dos tribunais tem as condições necessárias”, com o Tribunal Central de Instrução Criminal a ser o mais referido pelos que indicaram somente um espaço.

Os advogados auscultados dividem-se também quanto à necessidade de os tribunais e outros serviços judiciários abandonarem o Campus de Justiça de Lisboa, com 54% a defenderem que tal não deve acontecer e 46% que sim.

O Governo criou, em novembro de 2024, um grupo de trabalho para elaborar, até 31 de março de 2025, um “plano estratégico” de saída dos tribunais do Campus de Justiça de Lisboa.

A retirada deverá ficar concluída até 30 de abril de 2034, data em que termina o contrato de arrendamento dos edifícios localizados no Parque das Nações, na zona ribeirinha da cidade.

“O contrato de arrendamento do Campus de Justiça de Lisboa, celebrado a 03 de junho de 2008, representa, na presente data, um encargo para o Estado de valor superior a 222 milhões de euros”, referiu, no despacho de criação do grupo de trabalho, a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros.

O Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados é uma das entidades com representação no grupo de trabalho.

Últimas do País

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) denuncia a "grande revolta" dos polícias no aeroporto de Lisboa, que refutam as críticas de serem responsáveis pelos tempos de espera e acusam "a intromissão e pressão inexplicável" do poder político.
A neve que cai com intensidade no maciço central da Serra da Estrela levou ao encerramento da Estrada Nacional (EN) 339, que atravessa o ponto mais alto da montanha.
Portugal registou 20 casos de sarampo desde o início do ano, nove dos quais em pessoas não vacinadas, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
As companhias aéreas TAP e Sata e a SPdH, de assistência em terra em aeroportos, acordaram com vários sindicatos a realização de serviços mínimos na greve geral de 11 de dezembro, segundo documentos publicados pela DGERT.
Cerca de 600 alunos das escolas de Montalegre regressaram hoje a casa mais cedo por precaução devido à queda de neve, informou a Proteção Civil Municipal.
Apesar do salário mínimo nacional subir para 920 euros, os números revelam um fosso significativo entre Portugal e os restantes países da União Europeia. O salário médio anual na UE situa-se nos 39.808 euros, enquanto Portugal permanece quase 15 mil euros abaixo deste valor.
Um homem, de 42 anos, foi detido no sábado, por suspeita de exercer violência física e verbal sobre a mulher, na presença dos filhos menores do casal, anunciou hoje a PSP.
Os dados revelados pelo regulador mostram que a Notícias Ilimitadas, criada para garantir a sobrevivência do JN e da TSF após a cisão da Global Notícias, fechou o ano de 2024 com mais de 1,2 milhões de euros de prejuízo e um passivo que já ultrapassa 12 milhões.
Sete distritos de Portugal continental estão hoje sob aviso laranja e 10 sob aviso amarelo devido à agitação marítima, segundo o IPMA, que prevê também queda de neve em dois distritos do interior norte.
A TAP disse hoje à Lusa que a companhia vai atuar no dia da greve geral, 11 de dezembro, com base nos serviços mínimos acordados com os sindicatos.