CHEGA EXIGE MAIS TRANSPARÊNCIA NA LEI DOS SOLOS

A pedido do CHEGA, a votação das alterações ao decreto-lei que permite reclassificar solos rústicos em urbanos foi adiada, justificando-se a necessidade de analisar as propostas dos vários partidos, mas também de garantir que a “Lei dos Solos não abrirá portas à corrupção.”

© Folha Nacional

O Decreto-Lei n.º 117/2024, de 30 de dezembro, que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) e permite a reclassificação simplificada de terrenos rústicos em urbanos para construção de habitação, entrou em vigor a 29 de janeiro. No entanto, embora a Comissão Parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação tenha agendado a votação das alterações propostas pelo PS, PSD, CHEGA, Iniciativa Liberal (IL), BE e Livre, o pedido do CHEGA é potestativo. Assim, o adiamento da votação foi confirmado e esta poderá ocorrer na próxima semana.

O presidente do partido CHEGA afirmou, em conferência de imprensa, na Assembleia da República, que “Portugal precisa de mais construção, mas precisa de menos corrupção”. Por esse motivo, considera necessários “mecanismos mais fortes para garantir que a Lei dos Solos não se torna numa espécie de via verde da corrupção local”.

Segundo André Ventura, “apesar de PS e PSD quererem aprovar única e exclusivamente as suas propostas, o CHEGA pretende ouvir a Entidade para a Transparência sobre esta matéria e, no âmbito do combate à corrupção, ganhar mais algum tempo, até por causa destes casos que têm assolado o Governo”.

Ventura referia-se a casos como o do ex-secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, que criou duas empresas imobiliárias para beneficiar da passagem de terrenos rústicos para urbanos.

André Ventura criticou ainda a esquerda que, face à crise na habitação, “quer pagar casa a toda a gente”. No entanto, defendeu que há outra solução: “é preciso construir mais”.

Últimas de Política Nacional

Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.
André Ventura quer que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção trabalhem em prol da comunidade. O líder do CHEGA defende que o apoio estatal deve implicar contrapartidas e combater a “subsidiodependência”.
O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que, se for eleito Presidente da República, admite vir a decretar estados de exceção para "dar poder extraordinário" à polícia e outras autoridades para combater o crime.
O presidente do CHEGA pediu ao Governo que faça cedências nalguns pontos, como o trabalho por turnos, para se aprovar uma nova legislação laboral, reiterando a sua disponibilidade para um acordo nesta matéria.
Os partidos entregaram 2.176 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), num novo recorde, de acordo com a informação disponível no 'site' da Assembleia da República.
O CHEGA entregou esta sexta-feira, 7 de novembro, mais de 600 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), no último dia do prazo definido pelo Parlamento, que coincidiu com o encerramento das audições na especialidade.
O partido liderado por André Ventura quer acabar com as portagens nas autoestradas para aliviar os custos das famílias e empresas, mas o ministro das Finanças rejeita a medida, defendendo que o princípio “utilizador-pagador” deve manter-se para proteger as contas públicas.