Entre os casos analisados, destacam-se os 250 milhões de euros destinados ao canal Euronews e 1,5 bilhões de euros para o programa CERV (Cidadania, Igualdade, Direitos e Valores), que financia ONGs e projetos que combatem o euroceticismo. O relatório afirma que esses fundos são utilizados para fortalecer uma rede de entidades que, em vez de atuarem de forma independente, passam a influenciar decisões políticas da Comissão.
O estudo também menciona a atuação direta em países como Polónia e Hungria, onde organizações recebem apoio financeiro para contrariar governos conservadores, sob o argumento de defender valores europeus. Há também referências a um ciclo de financiamento, no qual ONGs beneficiadas pressionam por mais recursos e integração supranacional.
Diante das conclusões, o MCC Brussels propõe a criação do EU DOGE (Departamento de Eficiência Governamental da UE), um órgão independente para fiscalizar e divulgar essas práticas. “Este relatório indica que os riscos para a democracia na Europa não vêm de forças externas, mas da própria Comissão Europeia”, afirma Thomas Fazi, autor do estudo.
Para o eurodeputado António Tânger Corrêa, “as informações apresentadas levantam questões sobre a transparência no uso de fundos públicos e exigem esclarecimentos das instituições europeias.”