“Ninguém está acima da lei e a transparência é para todos, a começar pelo primeiro-ministro”

Ventura acusou PS e PSD de se “protegerem” e assegurou que esta tarde “valeu”, porque pela primeira vez na História de Portugal um primeiro-ministro foi chamado ao Parlamento pela sua “integridade”.

© Folha Nacional

André Ventura encerrou o debate, sentenciando que o que esperava aconteceu: “O primeiro-ministro não conseguiu responder a nenhuma das mais importantes questões”. O Presidente do CHEGA apontou o dedo a Montenegro por ter fugido a todas as questões colocadas e por não se ter referido ao tema da moção de censura nem ter divulgado os seus clientes.

“Não vale a pena gritar, dizer que é muito transparente ou que quer agora andar para a frente”, disse Ventura, prometendo “não desistir” de esclarecer tudo. E deixou mais perguntas: “Quais eram os serviços prestados e qual a faturação [da empresa]?”

No seu discurso de encerramento, o líder do CHEGA questionou se Montenegro sabia que vários dos membros do seu Governo tinham participações imobiliárias e fez ainda sobressair que é importante “saber quando o dinheiro público é usado para fazer ajustes com pessoas do círculo familiar ou com quem se tem negócios.”

“Ninguém está acima da lei e a transparência é para todos, a começar pelo primeiro-ministro”, arrematou.

Por fim, Ventura acusou PS e PSD de se “protegerem” e assegurou que esta tarde “valeu”, porque pela primeira vez na História de Portugal um primeiro-ministro foi chamado ao Parlamento pela sua “integridade”.

O Governo enfrentou, esta sexta-feira, a primeira moção de censura na Assembleia da República que foi chumbada. A moção de censura foi apresentada pelo CHEGA após ter sido noticiado que poderia haver um conflito de interesses com o facto de a esposa do líder do Executivo ser sócia da Spinumviva.

Últimas de Política Nacional

Está instalada uma nova crise política depois da queda do Governo de Luís Montenegro que tentou desesperadamente fazer um acordo com o PS. Para André Ventura “um primeiro-ministro que prefere atirar o país para a lama não merece confiança absolutamente nenhuma”.
O presidente do CHEGA, André Ventura, criticou hoje as declarações do presidente da Assembleia da República, considerando que Aguiar-Branco “prestou um mau serviço à democracia”, e acusou-o de “cobardia política”.
O deputado do PSD, Carlos Reis, voltou a insultar, esta quinta-feira, um deputado do CHEGA durante o debate parlamentar.
O Presidente da República fala hoje ao país depois de ouvir o Conselho de Estado, que se reúne a partir das 15:00 no Palácio de Belém, com vista a uma eventual dissolução do parlamento.
No dia seguinte à rejeição da moção de confiança apresentada pelo Governo, o partido CHEGA lançou novos outdoors com mensagens alusivas à corrupção em Portugal, contudo, estes foram vandalizados em menos de 24 horas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir hoje o Conselho de Estado depois de na quarta-feira ter recebido os partidos com representação parlamentar com vista a uma eventual dissolução da Assembleia da República.
A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um projeto de resolução para retomar os trabalhos da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, que estavam suspensos desde o dia 06 de março.
A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras reúne-se quinta-feira para discutir e votar o relatório preliminar proposto pela deputada do CHEGA Cristina Rodrigues, bem como as propostas de alteração.
O Ministério Público abriu uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e com a empresa Spinumviva, da família de Luís Montenegro, anunciou hoje o procurador-geral da República.
Depois da rejeição da moção de confiança apresentada pelo Governo na terça-feira e com eleições antecipadas no horizonte, o partido CHEGA lançou novos outdoors com mensagens alusivas à corrupção em Portugal.