Galp sobe mais de 7,5% após confirmar petróleo e gás em novo poço na Namíbia

A Galp continuava hoje a liderar os ganhos na bolsa de Lisboa, a subir 7,56% para 16,07 euros por ação, depois de a petrolífera ter confirmado petróleo leve e gás condensado em novo poço na Namíbia.

© D.R.

Às 10h30 em Lisboa, as ações da Galp estavam a cotar-se a 16,07 euros, depois de terem mudado de mãos mais de 1,175 milhões de títulos, que geraram uma receita de cerca de 18,78 milhões de euros.

Na segunda-feira, as ações da Galp fecharam a valer 14,94 euros.

A Galp anunciou hoje ao mercado que perfurou, registou e recolheu amostras num quinto poço ao largo da Namíbia, o Mopane-3X, tendo detetado petróleo leve e gás condensado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explicou que, em conjunto com os parceiros Namcor e Custos (cada um com 10% da operação), perfurou o novo poço, o quinto na Namíbia e que se insere na Licença de Exploração Petrolífera n.º 83 (PEL 83).

O poço está a cerca de 18 quilómetros de distância do poço Mopane-1X e os dados preliminares “confirmam colunas significativas de petróleo leve e gás condensado em AVO-10 e colunas de petróleo leve em AVO-13 e na areia mais profunda, em arenitos com alta qualidade”.

A Galp refere ainda que se confirmaram “boas porosidades, altas pressões e altas permeabilidades”, sendo que as amostras iniciais sugerem “baixa viscosidade do petróleo e concentrações mínimas de CO2 [dióxido de carbono] e H2S [sulfureto de hidrogénio]”.

A petrolífera regista ainda que os resultados preliminares e as pressões acima do esperado “desbloqueiam oportunidades de exploração e avaliação na região sudeste de Mopane”.

A Galp faz parte de um consórcio com a Namcor e Custos no qual detém 80% do capital.

Em outubro, o então presidente executivo da Galp, Filipe Silva, afirmou, numa conferência com analistas, que a petrolífera deverá manter a atual participação de 80% no projeto de exploração de petróleo na Namíbia até finais de 2025, quando concluirá os trabalhos.

Na semana passada, a Galp anunciou que registou, em 2024, lucros de 961 milhões de euros, uma queda de 4% em relação ao período homólogo.

Últimas de Economia

A Comissão Europeia estima que os preços da habitação em Portugal estejam sobrevalorizados em 25%, sendo esta a percentagem atual mais elevada na União Europeia (UE), sendo também um dos piores países nas variações no poder de compra.
A Comissão Europeia vai propor esta terça-feira um alívio nas regras de ajudas estatais da União Europeia e limites ao alojamento local para promover acesso à habitação acessível no espaço comunitário, sendo Lisboa uma das cidades comunitárias mais pressionadas.
Dez instituições sociais açorianas não vão pagar o subsídio de Natal aos trabalhadores por dificuldades financeiras devido a atrasos da República nas transferências e o Governo Regional disse hoje que está disponível para ajudar a ultrapassar o problema.
Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).