Professores com doenças incapacitantes vão contar com mais vagas para mudar de escola

Os professores com doenças incapacitantes deverão contar com mais vagas para poderem mudar de escola, onde as vagas deixam de depender das disciplinas, antecipou hoje o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE).

©D.R.

Esta é uma das novidades na proposta que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) está hoje a apresentar às organizações sindicais do setor no âmbito das negociações da revisão do regime de mobilidade por doença.

Atualmente, os docentes são colocados em função da capacidade de acolhimento, que pode ir até 10% do total do corpo docente, mas é definida pelos diretores para cada grupo de recrutamento.

De acordo com o SIPE, que integrou o primeiro grupo a ser recebido pela tutela, o MECI propõe agora que essa capacidade de acolhimento passe a ser definida pela Direção-Geral da Administração Escolar, independentemente das disciplinas em que há maior necessidade de professores.

“É uma medida muito importante”, sublinhou a presidente do sindicato, antecipando que, dessa forma, os professores contarão com um maior número de vagas para que possam aproximar-se da sua residência ou local onde recebem tratamento.

Outro dos pontos positivos apontados Júlia Azevedo diz respeito aos atestados de incapacidade multiúso, um dos obstáculos à mobilidade por doença devido aos atrasos na emissão e que será ultrapassado com recurso aos centros de saúde, que passarão a poder atestar a doença dos docentes para este efeito.

Por outro lado, o SIPE criticou a intenção de remover deste regime os professores com pais com doenças incapacitantes, ao contrário do que está previsto nas regras atualmente em vigor.

Ficam apenas abrangidos os docentes com doenças incapacitantes ou com filhos menores ou cônjuge nessa situação.

“Dizem que isto é um mecanismo que diz respeito ao próprio e que os pais deixam de fazer parte do agregado familiar”, relatou Júlia Azevedo, sublinhando que a alteração vai deixar de fora muitos docentes que conseguiam conciliar o ensino e o apoio à família e que, mantendo-se longe de casa, deixarão de o poder fazer.

As regras do regime de mobilidade por doença atualmente em vigor, muito contestadas pelos professores, foram aprovadas pelo anterior Governo em 2022 e deveriam ter sido revistas em 2024.

Em junho, o ministro Fernando Alexandre optou por adiar o processo negocial depois de reunir com as organizações sindicais, por considerar que a falta de consenso entre a tutela e sindicatos justificava uma revisão mais profunda.

O novo regime deverá entrar em vigor já no próximo ano letivo, sendo o primeiro tema a ser discutido no âmbito da revisão do Estatuto da Carreira Docente, seguindo-se depois, sem calendário definido, o recrutamento, ingresso na carreira, formação e desenvolvimento profissional, condições de trabalho, revisão da carreira não revista e modelo de avaliação de desempenho docente.

Últimas do País

Cinco urgências de Ginecologia e Obstetrícia vão estar fechadas na véspera e no dia de Ano Novo e uma de Pediatria na quarta-feira, segundo dados do Portal do SNS.
O presidente da Comissão Política de Secção do PSD de Vila Nova de Paiva foi detido pela GNR numa operação criminal que envolve ameaças, posse de armas ilegais e apreensão de munições e notas falsas.
O sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários vai ser suspenso por três meses no aeroporto de Lisboa, infraestrutura que vai ser reforçada "de imediato" com militares da GNR, anunciou esta terça-feira o Ministério da Administração Interna (MAI).
A costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira vão estar sob aviso laranja na quinta-feira devido à previsão de chuva por vezes forte, que poderá ser benéfica sob a forma de granizo, segundo o IPMA.
Seis pessoas morreram nas estradas e 170 condutores foram detidos por excesso de álcool entre sábado e segunda-feira, no âmbito das operações que a GNR e a PSP estão a desenvolver no período de ano novo.
O tempo de espera para doentes urgentes no serviço de urgência geral do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) rondava às 09h45 de hoje como 16 horas e 30 minutos, segundos dados do Portal do SNS.
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) afirmou hoje que a descida de casos de cancro em 2022 reflete uma normalização estatística, após os atrasos nos diagnósticos provocados pela pandemia, alertando que a tendência é de aumento.
associação que representa os médicos tarefeiros disse hoje que as urgências hospitalares só funcionam graças ao trabalho dos referidos de serviço e determinadas que o atual modelo assenta num modelo de “exploração silenciosa”.
A atividade gripal continua a manter elevada a pressão sobre os serviços de saúde do Médio Tejo, com destaque para a urgência do Hospital de Abrantes, havendo oito doentes em cuidados intensivos, cinco dos quais devido a infeção respiratória e três com gripe A, e nenhum deles vacinado.
A bilhética integrada com Cartão de Cidadão, que visa simplificar e unificar o acesso aos transportes públicos, permitindo utilizar diversos modos de transporte com uma só identificação, estará concluída na segunda metade de 2027.