Nos últimos dias, o panorama político português tem sido abalado por revelações relativas à imobiliária do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Esta situação suscita questões prementes sobre ética, transparência e a confiança que os cidadãos depositam nos seus representantes, sendo o chefe do Executivo a primeira pessoa a dar o exemplo.
Com a Spinumviva, Luís Montenegro gere o mercado imobiliário como quem joga roleta – sempre à espera que a casa ganhe. A questão é que a roleta gira e gira, e a única coisa que não gira é a transparência do primeiro-ministro, que, durante a moção de censura, decidiu não responder a nenhuma das perguntas relevantes para o apuramento de responsabilidades.
Após assumir a liderança do PSD, Montenegro transferiu as suas quotas para a esposa e os filhos, mantendo, contudo, uma ligação indireta à empresa Spinumviva, que mais parece um “spin” para ver se ninguém nota nada. Esta transferência pode até ser nula, uma vez que o próprio Código Civil proíbe a venda de quotas entre cônjuges.
E não estivesse o primeiro-ministro ‘careca’ de saber disso – afinal, é jurista! A empresa em causa levanta legítimas preocupações sobre potenciais conflitos de interesses, especialmente quando o Governo promove alterações legislativas que podem beneficiar diretamente o setor imobiliário – e o CHEGA não vai deixar passar! O CHEGA é uma força política comprometida com a defesa da transparência e da ética na vida pública e, por isso, nunca poderá permanecer indiferente a esta situação. Por esse motivo, foram enviadas dez perguntas por escrito ao primeiro-ministro, através do Presidente da Assembleia da República, e esperamos que, desta vez, Montenegro não se esconda e decida dar explicações ao país – porque, enquanto Portugal anda à roda, os negócios do primeiro-ministro giram direitinho.
A situação em torno da imobiliária da família de Luís Montenegro sublinha a necessidade urgente de reforçar os mecanismos de transparência e responsabilidade na política portuguesa, que se degradam a cada dia que passa e vão em constante descida derrapante, com o CHEGA a ser o único travão.