Governo de Trump reabrirá centro de detenção de imigrantes em Newark

O Governo de Donald Trump anunciou hoje que planeia reabrir um centro de detenção para imigrantes, com capacidade para cerca de 1.000 pessoas, em Newark.

© Facebook de Donal Trump

As instalações estão localizadas perto do Aeroporto Internacional de Newark, no estado de Nova Jérsia, e o Executivo espera poder usá-las para “agilizar a logística e facilitar o processamento oportuno” dos imigrantes detidos no país, de acordo com um comunicado do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês).

O diretor interino do ICE, Caleb Vitello, disse no comunicado que este centro é o “primeiro” a ser inaugurado no Governo de Trump e explicou que o mesmo permitirá expandir a capacidade de detenção da agência na região nordeste do país para lidar com o número “crescente” de prisões e deportações.

Newark, que acolhe uma das mais significativas comunidades portuguesas nos Estados Unidos, é uma das várias “cidades santuário” do país, onde existem leis locais e estaduais que protegem a população indocumentada e que acabam por ser um refúgio para quem não conseguiu regularizar a sua situação.

Contudo, apesar desse estatuto, o ICE continua a fazer operações em Newark, num momento em que o medo está “instalado a 100%” entre imigrantes indocumentados, segundo disse à Lusa uma portuguesa em situação irregular no país.

A decisão de reabrir o centro ocorre num momento de frustração com o ritmo das prisões de imigrantes nos Estados Unidos, que não está a atender às expectativas do Governo de Trump, segundo informações divulgadas por autoridades à imprensa norte-americana em condição de anonimato.

Donald Trump prometeu durante a sua campanha presidencial realizar “deportações em massa” de mais de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos.

Além de reabrir o centro, o Governo está a desenvolver planos para deter em bases militares de todo o país pessoas sem o estatuto migratório regularizado, informou o jornal The New York Times.

Os Estados Unidos repatriaram 69 portugueses em 2024, mais nove do que no ano anterior, segundo o relatório anual do ICE.

De acordo com o relatório, em 2019 foram repatriados para Portugal 101 cidadãos, 47 em 2020, 28 em 2021, 33 em 2022 e 60 em 2023.

Últimas do Mundo

A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).