André Ventura diz que Governo agiu “tarde demais”

O líder do CHEGA considerou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo para responder às tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos da América chegaram "tarde demais" e afirmou que a União Europeia deve defender os seus produtos.

© Folha Nacional

“Era evidente a qualquer pessoa do mundo que tivesse um bocadinho de cabeça que se a China, a Índia, os Estados Unidos, o Brasil, a América do Sul, impõem taxas sobre os nossos produtos, só havia uma solução, era proteger a nossa indústria e os nossos produtos. Agimos tarde demais, provavelmente vamos pagar um preço por isso”, afirmou, considerando que as medidas do Governo foram “decididas avulso” e não chegam.

André Ventura falava aos jornalistas antes de percorrer algumas ruas do centro da cidade do Barreiro, já em clima de pré-campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio.

O presidente do CHEGA acusou o Governo de agir “sempre tarde” e disse que desta vez também não o espanta.

O cabeça de lista por Lisboa disse também que os dirigentes europeus estão “quase de joelhos” a congratular-se por o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado a suspensão por 90 dias da aplicação das novas taxas aduaneiras a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais, nomeadamente à União Europeia.

“Este é o bloco mais rico do mundo, este é o segundo maior bloco populacional do mundo, este é o maior bloco empresarial do mundo, é onde o maior PIB do mundo existe, nós não estamos de joelhos perante ninguém, só estamos porque temos este tipo de governos fantoches em toda a União Europeia, e Luís Montenegro não é diferente desses governos”, criticou.

Na sua opinião, também “a União Europeia agiu tarde, porque está marcada pelo ‘lobby’ de socialistas e de social-democratas que não têm ação, que não têm espírito de ação”.

“Há muito tempo que o Governo português, e não agora que o mundo está a ficar diferente, […] devia ter defendido a agricultura portuguesa, a indústria portuguesa, a indústria de defesa portuguesa […] e os produtos nacionais”, defendeu.

Ventura considerou que “isto não tem a ver com o Donald Trump, nem com o Xi Jinping [Presidente chinês], isto tem a ver com uma coisa que a Europa devia ter feito há muito tempo”, proteger a indústria e os trabalhadores.

O Presidente do CHEGA disse que não concorda com a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos e defendeu que a Europa deve impor “aos outros as mesmas condições que exige aos seus para comerciarem no espaço europeu”.

“Se for preciso impor taxas e tarifas para isso, nós também o faremos”, afirmou.

O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou hoje o primeiro-ministro no final da reunião do Conselho de Ministros.

Últimas de Política Nacional

Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.
Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.