Quando me perguntam porque sou do CHEGA gosto de contar um dos fatores que me fez aproximar deste partido.
Como jovem do interior que sou, desde cedo, impressionou-me como André Ventura, ao contrário de outros políticos, conhecia tão bem a realidade do Portugal profundo. Nas últimas semanas, a Juventude CHEGA tem estado a percorrer o nosso querido país de norte a sul. É fácil ficarmos impressionados com a realidade das pessoas com quem nos cruzamos nestas aldeias, vilas e cidades tantas vezes esquecidas.
Não são raras as vezes em que partilham as suas dificuldades de lágrimas nos olhos. Avós que não recebem o suficiente para aquecer as suas casas ou que não têm como se deslocar a uma farmácia para comprar os seus medicamentos sem a boa vontade dos seus vizinhos, mas que, apesar de todas estas dificuldades que tornam a vida no interior um desafio diário, a única coisa que nos pedem é um futuro digno para os seus netos no país a que dedicaram as suas vidas e que trabalharam para que fosse grande.
“Aqui não há nada” ou “Falta tudo” são talvez as frases que mais ouvimos. Há, ainda, outros problemas transversais a todo o país como a insegurança, a precariedade das infraestruturas ou a falta de acesso à saúde. Longe da bolha das elites políticas, mediáticas e burocráticas, o que encontramos é um país marcado pelo abandono e pela falta de investimento. Não responsabilizo somente os que mais tempo estiveram à frente na governação. Há, também, muita culpa em quem não soube fazer oposição, em quem não soube imputar responsabilidades e exigir respostas.
Os que por cá andam há 50 anos nunca foram capazes, nunca chegaram.
Não acredito que algum político que visite estas terras fique indiferente ao que aqui se passa, diria mais, ao que aqui não se passa. Mas esta sempre foi a diferença do CHEGA para os restantes partidos, nós somos o partido do povo, nós somos o partido que não esquece as suas origens, o partido dos rostos concretos. A partir de agora, Lamego não é sobre os lamecences, é sobre o Sr. Carlos e a D. Herminia. Mirandela não é sobre os mirandelenses, é sobre o Tomé e o Gonçalo e, assim, estrada fora.
Estamos muito perto de levar Portugal muito longe, para isso, precisamos de uma oportunidade!