Candidato do CHEGA defende expulsão de imigrantes sem trabalho

O cabeça de lista do CHEGA pelo círculo eleitoral da Guarda e deputado por este distrito, Nuno Simões de Melo, defendeu hoje a expulsão do país de todos os imigrantes que não tenham trabalho.

© Folha Nacional

“Parece que o atual Governo vai mandar para casa 4.500 imigrantes ilegais. Estão cá dois milhões, [e] somente 300 mil trabalham”, afirmou, questionando o que fazem “os outros um milhão e 700 mil”.

Num almoço-comício na Guarda, no primeiro dia da campanha oficial para as eleições legislativas de 18 de maio, o candidato do CHEGA defendeu que não são “4.500 que têm que ir para casa, é esse um milhão e 700 mil”.

“Queremos trabalhar com cada um dos que quer trabalhar, bem-vindos, mas queremos sobretudo ter de volta os nossos bons portugueses. Voltem, Portugal precisa de todos”, apelou Nuno Simões de Melo.

O candidato não indicou a fonte destes dados, que contrariam os números oficiais.

O boletim económico de março do Banco de Portugal refere que os trabalhadores estrangeiros por conta de outrem, registados na Segurança Social, aumentaram “22,6% em 2024, totalizando 653 milhares”.

De acordo com os dados mais recentes, divulgados em abril, as autoridades portuguesas estimam em 1,6 milhões o número de estrangeiros residentes em Portugal no ano passado.

No sábado, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, revelou que a AIMA vai notificar cerca de 18 mil imigrantes para abandonarem o país, sendo que 4.574 serão informados já na próxima semana de que terão de o fazer até ao final do mês.

Na sua intervenção, o cabeça de lista do CHEGA repetiu a ideia deixada pelo líder do partido, de que o objetivo do partido é vencer as legislativas de 18 de maio, e apelou aos presentes que “vão votar, não fiquem em casa”.

Nuno Simões de Melo falou no despovoamento do interior e considerou que é preciso “fazer regressar a população ao distrito, ao interior”, mas não referiu nenhuma medida para o concretizar.

O candidato e deputado afirmou também que os locais despovoados são “ocupados com gente que não é de cá, com culturas diferentes” e associou insegurança à imigração.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde