Zelensky pede que guerra Israel-Irão não afete apoio europeu, que está a “abrandar”

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para um abrandamento do apoio europeu à Ucrânia face à invasão russa e manifestou receio de que o confronto entre Israel e o Irão conduza a uma nova redução da ajuda ocidental.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“A coligação está a abrandar (…) Esta situação demonstrou que a Europa ainda não decidiu por si própria se estará plenamente ao lado da Ucrânia sem os Estados Unidos”, afirmou Zelensky numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, mas apenas transmitida hoje.

O chefe de Estado ucraniano assinalou ainda que a administração norte-americana liderada por Donald Trump adotou uma postura “demasiado conciliatória” em relação à Rússia e apelou a uma mudança de tom por parte de Washington.

“De momento, o tom do diálogo entre os Estados Unidos e a Rússia parece demasiado brando. Sejamos honestos: isso não vai travar Putin. O que é necessário é mudar de tom”, escreveu Zelensky na rede social X.

O líder ucraniano declarou igualmente recear que os recentes ataques cruzados entre Israel e o Irão provoquem uma nova retração no apoio internacional à Ucrânia.

“Gostaríamos que a ajuda à Ucrânia não diminuísse por essa razão. Da última vez, esse foi um fator que abrandou o apoio”, afirmou.

A Ucrânia e a Rússia realizaram hoje uma nova troca de prisioneiros de guerra, a quarta no espaço de uma semana, no âmbito dos acordos alcançados em Istambul no início deste mês, anunciaram ambos os países.

O Centro de Coordenação para os Prisioneiros de Guerra divulgou entretanto através da plataforma Telegram que a Ucrânia recebeu hoje 1.200 corpos de cidadãos ucranianos, incluindo militares, entregues pela Rússia, no âmbito desse acordo.

Durante as negociações realizadas em Istambul, Ucrânia e Rússia acordaram libertar todos os prisioneiros de guerra jovens ou feridos e proceder à devolução dos corpos de combatentes mortos.

A troca de prisioneiros e a devolução de corpos de militares são dos poucos domínios em que Kiev e Moscovo continuam a cooperar desde o início da guerra, no entanto, no fim de semana passado, ambos os países acusaram-se mutuamente de dificultar este processo.

A Ucrânia enfrenta há mais de três anos uma invasão em larga escala por parte da Rússia e tem contado com o apoio militar, financeiro e humanitário dos seus aliados ocidentais, nomeadamente dos Estados Unidos e da União Europeia.

Últimas do Mundo

Depois de ter perdido a primeira volta, José Antonio Kast protagonizou uma reviravolta eleitoral e foi eleito Presidente do Chile, impondo uma derrota clara à candidata comunista Jeannette Jara no segundo turno das presidenciais.
A liberdade de expressão mundial caiu 10% entre 2012 e 2024, um retrocesso comparável ao ocorrido com a Primeira Guerra Mundial, alertou hoje a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Quinze pessoas morreram e pelo menos 40 ficaram feridas num ataque armado durante uma festa judaica na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, informou na segunda-feira a polícia estadual numa atualização do balanço de vítimas.
A plataforma de arrendamento de alojamentos turísticos Airbnb terá de pagar uma multa de 64 milhões de euros em Espanha por causa da publicação de anúncios ilegais, anunciou hoje o Governo espanhol.
A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.