Papa incentiva solidariedade para promover uma cultura de paz entre povos e religiões

O Papa incentivou hoje a solidariedade para promover "uma cultura de paz" entre "indivíduos, povos e religiões", durante a missa na catedral de Albano, cidade próxima de Castel Gandolfo, onde Leão XIV está a passar férias.

© EPA/GIUSEPPE LAMI

“Ao sermos solidários, compartilhando a fé e a vida, promoveremos uma cultura de paz, ajudando também aqueles que nos rodeiam a superar ruturas e hostilidades e a construir comunhão entre pessoas, povos e religiões”, disse o Papa durante a sua homilia.

Leão XIV chegou à catedral caminhando sob aplausos e saudando as centenas de fiéis que se reuniram nas ruas de Albano, muitos deles a agitar bandeiras do Vaticano ou a exibir faixas, enquanto outros se debruçavam nas varandas dos edifícios.

Foi também recebido com entusiasmo pelas autoridades locais, que prepararam a entrega da placa de prata com o brasão papal, que originalmente seria uma cerimónia para a sua tomada de posse como cardeal-bispo de Albano, acontecimento que nunca se realizou devido à sua eleição como Papa.

“Como sabem, eu deveria estar aqui no dia 12 de maio, mas o Espírito Santo quis que fosse diferente”, disse com um sorriso antes do início da cerimónia, num gesto de cumplicidade com os fiéis de Albano.

Durante a sua homilia, o Papa incentivou as pessoas a aproveitarem o verão para promover a proximidade e o acolhimento, uma vez que há “mais tempo livre, tanto para contemplação e meditação, como para encontrar outras pessoas, viajar e visitar”.

“Aproveitemos tudo isto para desfrutar — rompendo com o turbilhão de compromissos e preocupações — um momento de tranquilidade e contemplação, assim como para partilhar, indo a algum lado, a alegria de ver-nos, como é para mim estar aqui hoje”, disse, referindo-se à sua estadia de duas semanas em Castel Gandolfo, que termina hoje com o seu regresso ao Vaticano.

O Papa pediu que procuremos “oportunidades para cuidar uns dos outros, para trocar experiências e ideias, para oferecer compreensão e conselho uns aos outros”, porque “isso nos faz sentir amados e todos nós precisamos disso. Façamo-lo com coragem”.

Realçou ainda que “o serviço e a escuta” são “duplas dimensões do acolhimento” e insistiu na importância de recuperar o valor do silêncio e da oração.

“Esta é uma dimensão da vida cristã que precisamos de recuperar particularmente hoje, tanto como valor pessoal e comunitário, como sinal profético para o nosso tempo: dar espaço ao silêncio, à escuta”, afirmou.

Leão XIV reconheceu que “tudo isto exige esforço” e que “nem o serviço nem a escuta são sempre fáceis”, pois “exigem tenacidade e capacidade de sacrifício”.

“Só assim é possível construir algo de bom na vida, só assim podem nascer e crescer relações autênticas e fortes entre as pessoas, e, a partir de baixo, da vida quotidiana, o Reino de Deus pode crescer, espalhar-se e ser experimentado”, concluiu.

A missa na Catedral de São Pancrácio contou com a presença de cerca de 300 fiéis, entre os quais 60 doentes, enquanto centenas de outros acompanharam a celebração a partir de duas praças do centro histórico, uma delas equipada com um ecrã gigante.

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