Na próxima semana levarei ao plenário do Parlamento Europeu em Estrasburgo um estudo que não pode ser ignorado. Mais de 14.600 cidadãos responderam — três vezes mais do que à própria Comissão Europeia. A mensagem é fortíssima e inequívoca: Bruxelas já não fala pelo povo. Mais de 90% dizem que a liberdade de expressão está hoje mais ameaçada do que há dez anos. Quase 94% afirmam que o projeto europeu perdeu o contacto com a vida real. E 95,9% exigem respeito pela soberania cultural e educativa dos Estados.
Isto não são estatísticas frias. É um grito coletivo, uma denúncia da crescente distância entre elites e cidadãos. Os europeus sabem que a retórica da “desinformação” é usada como máscara para censura. Que os cordões sanitários esmagam a diversidade política. Que as consultas públicas são meros rituais sem consequência.
Este estudo é mais do que um diagnóstico: é um manifesto de resistência democrática.
Uma bandeira levantada contra a arrogância tecnocrática de Bruxelas. A Europa não quer ser reduzida a uma máquina distante, indiferente e surda. Quer ser livre, plural e soberana. Cabe agora às instituições decidir: ouvir o povo, ou continuar a ignorá-lo até que seja tarde demais.