Que razões apresenta para a sua candidatura? Depois de ter estado afastado da política nacional durante anos, percebi que é possível inverter políticas esquerdistas que cada vez mais nos empurram para a cauda da Europa. O principal flagelo é a corrupção, que atinge o país e a nossa terra em particular. Aceitei o desafio de me candidatar com o apoio do CHEGA porque acredito que é possível inverter este processo de empobrecimento e desertificação do nosso território do interior. Acredito que a Guarda pode ser o motor do repovoamento, atraindo jovens, pelo emprego qualificado que podemos criar, e também pessoas de mais idade, pela nossa qualidade ambiental. É possível recuperar para o setor agrícola este território de 712 km², criar um cluster da defesa com dimensão europeia, implementar políticas de saúde exemplares e políticas sociais que evitem o parasitismo. Acredito, em suma, no 6.º F: o Futuro da Guarda e de Portugal.
Como avalia o atual executivo da Câmara Municipal da Guarda? Ineficaz e incumpridor, mais do que todos os executivos do pós-25 de Abril. Perdeu-se a oportunidade de apanhar o comboio do desenvolvimento. A Guarda sempre teve, na sua localização geográfica, uma grande oportunidade, mas sucessivos executivos não souberam aproveitá-la. Promessas houve muitas, mas não conheço nenhuma que tenha sido cumprida. Numa escala de 1 a 5, atribuo nota zero.
Quais considera serem os principais problemas estruturais do concelho? São os mesmos do país, mas agravados pela interioridade que nos caracteriza. Na saúde, o problema é mais grave porque a população é cada vez mais envelhecida e carente de cuidados. Somos, juntamente com o Sabugal, o concelho mais envelhecido do país. Muitos idosos vivem sozinhos e pouco se fala disso. Na assistência social, vemos cada vez mais pessoas a procurar subsídios em vez de procurar trabalho. O Estado tem um papel fundamental, mas também as autarquias devem exigir medidas que evitem o desperdício de recursos públicos em favor de dependências crónicas. Na segurança, começam a surgir sinais preocupantes. A cultura de deixar a porta aberta, tão característica das gentes beirãs, está a desaparecer. Outras culturas e costumes já não a permitem.
Quais serão as suas primeiras medidas no cargo, caso seja eleito Presidente da Câmara? Implementar o programa eleitoral, começando por transformar a Guarda num centro universitário de referência internacional. Promover a qualidade única do nosso ar com uma campanha europeia, potenciando o turismo e criando experiências únicas que só a Guarda pode oferecer. Reorganizar os serviços da Câmara, reduzir burocracias e responsabilizar quem não cumpre prazos aceitáveis. Um licenciamento não pode demorar anos. E, por fim, garantir rigor na contratação pública, evitando ajustes diretos e impondo tectos máximos a nível local.
E no que toca às contas públicas e impostos municipais? Procurarei sempre total transparência nos atos da Câmara e, por isso, consultarei a população, em sede de consulta pública, para consensualizar as medidas a tomar. O concelho é de todos e todos devem ter uma palavra a dizer.
CANDIDATOS DO DISTRITO
Aguiar da Beira – Sara Crespo, Professora.
Almeida – Liliana Moreira, Empresária.
Celorico da Beira – Manuel Lopes de Figueiredo, Advogado.
Figueira de Castelo Rodrigo – Carolina Almeida, Jurista.
Fornos de Algodres – Rui Cabral Ferreira, Empresário.
Gouveia – Nelson Pina, administrativo.
Manteigas – Edgar Boneco, Consultor/Gestor.
Mêda – Cristiano Conduto funcionário da Polícia Judiciária
Pinhel Cláudio Franco, Empresário.
Sabugal – Francisco Morais de Barros, Jornalista e Empresário.
Seia – João Tilly, Professor e deputado à AR.
Trancoso – Filipe Afonso Pires, Eng. Civil.
Vila Nova de Foz Côa, Jorge Liça, engenheiro.