Que razões o levam a candidatar-se à Câmara Municipal de Santarém? Santarém sofreu ao longo de décadas de governação PS e PSD um desinvestimento crónico que levou à estagnação económica e até a uma contração social.
A nossa candidatura apresenta-se para fazer Santarém mudar de rumo, somos a única candidatura com capacidade política e executiva, pela qualidade extraordinária dos seus candidatos, que pode realmente concretizar essa mudança. O CHEGA em Santarém é uma equipa. A nossa candidatura preparou nesta caminhada autárquica um Plano Estratégico para todas as áreas da governação de modo a colocar Santarém como uma capital de Distrito de referência nacional.
Quais são, no seu entender, os principais problemas de Santarém? Santarém carece de uma nova zona industrial de modo a alavancar o seu desenvolvimento económico para os desafios do século XXI. Estamos cronicamente atrasados por anos de apatia do Município e de falta de visão estratégica dos seus autarcas. O atual estado de desertificação do Centro Histórico de Santarém, ex-libris da Cidade, é o espelho da falta de planeamento, visão estratégica e investimento estrutural dos executivos do PSD e do PS.
Levaram décadas para rever o PDM, deixando o território atrasar-se ao nível do desenvolvimento sustentável, e a revisão feita agora, na prática, foi para deixar ficar tudo na mesma. A falta de um plano de Habitação robusto, quer ao nível da construção, quer ao nível da reabilitação urbana, a fraca oferta de transportes públicos, especialmente nas freguesias rurais, tornando a mobilidade um problema complexo no Concelho, o abandono de décadas a que a zona ribeirinha foi votada, desde a Ribeira, Alfange e Caneiras, a inexistência de um plano de fundo para a ex-EPC e, acima de tudo, a má gestão dos dinheiros públicos durante mandatos sucessivos, assente na cultura do despesismo, que se reflete na dívida total altíssima que este executivo de coligação PSD/PS apresenta no final deste mandato.
Referiu há pouco um Plano Estratégico. Pode dizer-nos em que assenta esse Plano?
O nosso Plano Estratégico para o futuro de Santarém assenta em todas as áreas da Governação autárquica, desde o desenvolvimento económico à Educação, da Segurança à Saúde, da Habitação ao Turismo e à revitalização das marcas de Santarém até um novo e arrojado plano para dinamizar a Cultura, sem nunca esquecer que Santarém não pode deixar de ser a Capital do Mundo Rural e das suas tradições associadas.
A coluna vertebral do nosso Plano Estratégico é a criação de um Pólo Tecnológico, assente em parcerias com a Academia local, Escola Superior Agrária e Politécnico de Santarém, e nacional, como a Universidade Nova e a Universidade Católica, e também com associações empresariais como a Associação dos Agricultores do Ribatejo e a CAP.
Será uma Incubadora e Hub de investigação e soluções tecnológicas nos ramos da AGROTECH (Tecnologia Aplicada à Agricultura) e da FOODTECH (Tecnologia e Inovação Alimentar), tendo como core value as culturas agrícolas do Mediterrâneo.
O grande objetivo é colocar jovens no mercado de trabalho com bons salários, de modo a obter maior poder de fixação de jovens empreendedores no Concelho e apostar no crescimento da produção agrícola tecnológica.
O CHEGA tem atualmente uma vereadora.
Como descreve estes últimos quatro anos na Câmara? A oposição liderada pela nossa Vereadora Manuela Estêvão à coligação PSD/PS tem-se pautado pelo apontar dos problemas da governação e das variadas preocupações da população, sempre com a apresentação de soluções concretas para o Concelho. Num mandato em que os dois partidos do sistema se coligaram e, em tese, teriam todas as condições para aplicar as reformas e os investimentos necessários, após quatro anos a desilusão é total, pois esta coligação não consegue inaugurar uma única obra estruturante e que funcione para o proveito e bem-estar da população.
As nossas linhas vermelhas foram a atribuição de subsídios extraordinários sem regulamento, o uso indiscriminado de ajustes diretos (só no último ano o Presidente substituto fez 101 ajustes diretos no valor de 3,5 milhões de euros) e a desigualdade das transferências para as freguesias, criando desigualdades cada vez mais gritantes no território.
Se for eleito Presidente da Câmara, abdicará do cargo de deputado à Assembleia da República? Aceitarei o veredicto dos eleitores e assumirei o cargo que me confiarem. Vencendo as eleições autárquicas, deixarei o Parlamento e serei Presidente da Câmara de Santarém para um novo ciclo de governação em que o CHEGA governará sozinho, mesmo que em minoria, sem distribuição de pelouros a outros partidos. Caso seja eleito Vereador, então assumirei esse compromisso na oposição sem qualquer pelouro e liderando com a nossa equipa o escrutínio ao Executivo camarário, em acumulação com o cargo de Deputado na Assembleia da República.
CANDIDATOS DO DISTRITO
Abrantes Nuno Serras 45 anos Motorista Serviço Público
Alcanena Sérgio Vedor 53 anos Gestor CTT
Almeirim Catarina Salgueiro 60 anos Advogada/Deputada da Nação
Alpiarça José Calhau 62 anos Militar da Força Aérea
Benavente Frederico Antunes 43 anos Gestor
Cartaxo Luísa Areosa Professora
Chamusca Luís Rodrigues 41 anos Bombeiro
Constância Fernando Guedes 62 anos Engenheiro
Coruche Lurdes Pereira 49 anos Auxiliar Veterinária
Entroncamento Nélson Cunha 35 anos Empresário
Ferreira do Zêzere. Sónia Pereira 41 anos Professora
Golegã Luís Miguel Cotrim 55 anos Empresário
Mação Mário Ribeiro 61 anos Técnico de Vendas
Ourém Rita Sousa 51 anos Intermediária de Crédito
Salvaterra de Mago Samuel Germano 43 anos Empresário
Santarém Pedro Correia 50 anos Professor/Deputado da Nação
Sardoal José Eugénio Cascalheira 59 anos Empresário
Tomar Samuel Fontes 56 anos Gerente Bancário
Torres Novas José Carola 72 anos Empresário
Vila Nova da Barquinha Tatiana Horta 34 anos Gestora de Saúde