O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan (MND) indicou, num comunicado, que desde às 09h20, no horário local (02h20 em Lisboa), detetou um total de 23 incursões de aviões de guerra chineses, incluindo caças J-16, caças-bombardeiros JH-7, aviões de alerta antecipado KJ-500 e drones.
“As Forças Armadas mantiveram uma vigilância rigorosa através de meios conjuntos de vigilância, informação e reconhecimento, e mobilizaram aeronaves, navios e sistemas de mísseis terrestres para responder adequadamente à situação”, referiu o comunicado militar.
Estes sobrevoos ocorrem apenas três dias antes da celebração do Dia Nacional, em 10 de outubro, data que comemora a queda da última dinastia imperial em 1911 e o estabelecimento da República da China, ocasião em que o Presidente taiwanês costuma dirigir-se à população.
As semanas que antecedem o Dia Nacional deste ano foram também marcadas por uma escalada de disputas entre Taipé e Pequim sobre a Resolução 2758 das Nações Unidas, que em outubro de 1971 reconheceu a República Popular da China como a única representante legítima da China na ONU.
Pequim sustenta que a resolução também apoia a sua soberania sobre Taiwan, uma interpretação que Taipé considera uma “distorção” do texto original, com a intenção de fabricar uma “suposta base legal” para justificar “futuras agressões armadas” contra o seu território.