O primeiro caso foi detetado por volta das 8h00 de segunda-feira, quando os funcionários do balcão de Finanças de Belém, na Rua Alfredo Soares, em Lisboa, se preparavam para abrir o serviço. Ao aproximarem-se da entrada, aperceberam-se de vários impactos de bala no vidro da montra. De imediato, a PSP isolou a zona. Não foram encontrados invólucros de munições, nem no interior nem no exterior do edifício. A abertura ao público foi adiada para permitir que inspetores da PJ recolhessem provas no local. Os trabalhadores acreditam que os disparos terão ocorrido depois das 17h00 de sexta-feira, hora de encerramento para o fim de semana.
Ainda na mesma segunda-feira, pelas 15h00, surgiu um segundo alerta. O alvo foi o Serviço de Finanças Cascais 2, situado na Rua Dr. José Joaquim de Almeida, em Carcavelos. Tal como no caso anterior, foram os funcionários que detetaram marcas de disparos na fachada. Desta vez, a PJ foi acionada diretamente, sem intervenção da PSP. Fontes ligadas à investigação admitem que o inquérito possa ser transferido para a Unidade Nacional de Contraterrorismo, entidade competente para crimes dirigidos a instituições financeiras e fiscais.
Estes dois episódios, de características semelhantes e ocorridos a poucas horas de intervalo, estão a ser analisados como possíveis ataques coordenados, representando um potencial risco para a segurança pública.