CHEGA propõe IVA de 13% na restauração para reforçar economia e competitividade

O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende reduzir e uniformizar a taxa de IVA aplicada ao setor da hotelaria e restauração, fixando-a em 13% para todos os serviços, incluindo bebidas alcoólicas e refrigerantes.

© D.R.

De acordo com o partido, a medida tem como objetivo promover a atividade económica, reforçar a competitividade das empresas e proteger um dos setores mais relevantes da economia nacional.

“O setor da hotelaria e restauração é um pilar da economia portuguesa. Gera milhares de postos de trabalho, dinamiza as economias locais e projeta Portugal como destino turístico de excelência. O Estado deve reconhecer este contributo, criando condições fiscais mais justas e equilibradas”, refere o CHEGA em comunicado enviado ao Folha Nacional.

Atualmente, o regime fiscal aplicado ao setor é considerado “fragmentado e incoerente” pelo partido. Enquanto os serviços de alimentação e algumas bebidas beneficiam da taxa intermédia de 13%, as bebidas alcoólicas e refrigerantes permanecem sujeitas à taxa normal de 23%, mesmo quando fornecidas no âmbito do mesmo serviço.

Segundo o CHEGA, esta diferenciação cria assimetrias fiscais, aumenta a complexidade administrativa e viola o princípio da neutralidade fiscal, prejudicando as empresas e gerando confusão entre os consumidores.

A proposta apresentada prevê a alteração da verba 3.1 da Lista II anexa ao Código do IVA, de modo a incluir também as bebidas alcoólicas e refrigerantes na taxa intermédia de 13% quando integradas nos serviços de restauração e bebidas.

Com esta iniciativa, o partido liderado por André Ventura pretende simplificar o sistema fiscal, reduzir erros contabilísticos e garantir maior clareza nas obrigações fiscais. O CHEGA sustenta que a uniformização da taxa trará benefícios diretos para micro e pequenas empresas, reforçando a sua sustentabilidade e competitividade em relação aos seus pares europeus.

O partido recorda ainda que, em países como Espanha, França e Itália, a taxa aplicável à restauração é de 10%, o que coloca Portugal em desvantagem competitiva. Assim, a proposta do CHEGA “alinha-se com as melhores práticas europeias”, contribuindo, segundo o partido, para estimular o consumo interno, atrair turismo e aumentar a receita fiscal por via indireta.

“A descida e uniformização da taxa de IVA no setor da hotelaria e restauração é uma medida de bom senso, justiça fiscal e visão estratégica para o país”, conclui o comunicado.

Últimas de Política Nacional

Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).