Os resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023, divulgou o INE, esta quinta-feira.
“A taxa de risco de pobreza correspondia, em 2024, à proporção de habitantes com rendimentos monetários anuais líquidos por adulto equivalente inferiores a 8 679 euros (723 euros por mês)”, pode ler-se no relatório do INE.
Mais: “Entre 2023 e 2024, a diminuição da pobreza foi extensível a todos os grupos etários, mas de forma mais acentuada para a população idosa (menos 3,3 p.p.)”.
Além disso, o “risco de pobreza diminuiu quer para a população empregada, de 9,2% em 2023 para 8,6% em 2024, quer para a população desempregada, de 44,3% em 2023 para 42,6% em 2024”.
“As transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social, contribuíram para a redução do risco de pobreza em 5,4 p.p. (de 20,8% para 15,4%), sendo este contributo superior ao registado no ano anterior (4,8 p.p.)”, explica ainda o INE.
De referir também que, “em 2025 (rendimentos de 2024), 1 995 milhares de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social”.
“Consequentemente, a taxa de pobreza ou exclusão social atingiu 18,6%, refletindo uma diminuição em relação a 2024 (19,7%), em consistência com o verificado em dois dos três indicadores de base – pobreza e privação material e social”, pode ler-se.
O INE nota ainda que a “desigualdade diminuiu em 2024: o Coeficiente de Gini registou um valor de 30,9% (31,9% no ano anterior) e o rácio S80/S20 diminuiu de 5,2 em 2023 para 4,9 em 2024”.