Lá diz o povo, “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.
Viktor Orbán recebeu no seu país e sentou-se lado a lado, para assistir a um jogo de futebol, com um indivíduo que por acaso é primeiro-ministro de um país europeu, em que gente do partido a que pertence tem apelidado, por diversas vezes, o próprio Orbán, de racista, homofóbico, fascista, etc….
Viktor é o “fascista”, dizem eles, que controla a comunicação social, mas é esse primeiro-ministro que paga subsídios à comunicação social portuguesa, com dinheiro do Estado, para a controlar em favor do partido em que manda e do conselho de ministros a que preside.
Orbán, também tem de saber que aquele companheiro circunstancial do futebol, lhe chama racista, pelas suas políticas de imigração, mas é no país dele e com permissão do governo a que preside, que os imigrantes que ele deixa entrar sem controlo, vivem em condições desumanas e trabalham sem enquadramento legal, muitas vezes em situação de exploração laboral.
Também é esse companheiro que o visitou para ver a bola, que lhe chama racista, fascista e homofóbico, que usa meios do Estado, nomeadamente um avião da Força Aérea Portuguesa, para visitas não agendadas oficialmente e como tal particulares, concreta e supostamente para ir ao futebol, configurando no mínimo, um ato de abuso de poder, ou mesmo de peculato, próprio dos tais fascistas.
É o governo a que esse primeiro-ministro preside, que implementa políticas de educação e ensina nas escolas a propagação de doutrinas de apologia à homossexualidade, contaminando crianças e jovens e destruindo uma sociedade alicerçada na família, ao contrário das políticas do Viktor Orbán, que não permite a apologia da homossexualidade e assegura precisamente que a instituição “família” se mantenha baseada no figurino tradicional e único aceitável, de pai e mãe.
Mas importa ainda informar Viktor Orbán sobre o caráter do seu visitante, que em Portugal, para chegar ao poder e para lá se manter, usa estratagemas e fez acordos em que ludibriou parceiros, usando-os e deitando fora, quando já deles não precisava.
É preciso alertá-lo para esta visita ardilosa, que nada tem de amistosa e muito menos de apreciação futebolística, mas antes se insere numa estratégia de aproximação manhosa e uso do apoio da Hungria numa mais que provável intenção de se fazer a um lugar na Europa.
Por fim, sinalizar que é com companhias destas, que um estadista como Viktor Orbán se sujeita a perder credibilidade.