É por isto que não se vendem jornais

© Folha Nacional

É gritante a falta de imaginação da esquerda em Portugal, que insiste em usar as mesmas estratégias ao longo de 50 anos, para combater aqueles que pensam e falam de forma diferente deles. Em 1974, ou em 2024 a conversa não se altera. Naquela época, militantes e simpatizantes do partido considerado de “direita”, foram perseguidos e as sedes assaltadas e incendiadas, porque eles eram “fascistas”, eu próprio não escapei à regra e essa marca ficou-me para sempre. Hoje, no jornal Público, intencionalmente a coincidir com a Convenção do partido, lá se repete o chavão e a estória das ligações do Chega à ideologia fascista, mesmo após quatro anos de existência do partido, sempre em ascensão e esse é o problema deles, um qualquer denominado “politólogo”, seja lá o que isso for, lá vem novamente tentar enlamear o Chega e os seus militantes, com comparações patéticas e aberrantes de tão rebuscadas inverosímeis que são.

Faz uma comparação com o Estado Novo, como se alguma vez tivesse havido fascismo em Portugal, porque segundo ele, o slogan “Deus, Pátria, Família, Trabalho” se trata de uma alusão àquela época, a que só foi acrescentado o “Trabalho” como referência aos subsídio-dependentes, para referir que se trata de um “flirt” do Chega com o salazarismo”. E o tal investigador politólogo encontra no uso desta frase a justificação para catalogar o Chega de partido saudosista e apologista do Estado Novo, pasme-se.

Mas o homem continua a verborreia e a dissertar, porque em 2020, algures num comício, André Ventura terá prometido uma “grande marcha sobre Lisboa”, “Para dizermos que o governo de Portugal é nosso porque pertence ao povo português”. Qualquer cidadão minimamente capacitado mentalmente, percebe o óbvio, ou seja que se trata da alusão a uma futura vitória nas eleições e o assumir da governação, mas o tal politólogo, que terá a inteligência de um jumento, mas é acima de tudo um esquerdista mal intencionado, encontra aqui uma semelhança de André Ventura com Mussolini, líder fascista italiano, que organizou uma marcha dos “camisas negras” sobre Roma, só encontra aqui uma semelhança, quem tenta assassinar o caráter dos que pensam de forma distinta, só porque o espírito democrático é coisa que não lhe assiste, como se não bastasse, vai ainda rebuscar a semelhança, à marcha do General Gomes da Costa de Braga até Lisboa para derrubar o governo.

E continua, porque, segundo o dito cujo investigador, quando numa campanha eleitoral, numa rede social, uma fotografia de André Ventura aparece com o slogan “Um líder, um país, um destino”, isto é… claro, obviamente, fascismo, qualquer mentecapto percebe logo à primeira vista. Porque segundo o tal indivíduo, Hitler, terá usado algo que ele considera ser a mesma coisa, mais precisamente, “Um povo, um império, um líder” e pronto, é com gente desta que temos que lidar.

E quem é esta gente? Este tal investigador e politólogo, de seu nome António Costa Pinto, que hoje faz esterqueira opinativa no Público, é professor no ISCTE, essa catedral do PS, reprodutora, acolhedora e subsidiadora de socialistas, de quem o “investigador”, muito presente em programas televisivos, sempre foi defensor quando chamado a comentar.

Isto dito de um partido com quatro anos de existência, que hoje terá uma percentagem de intenções de votos já próxima dos 20%, não é só mal-intencionado, é principalmente de alguém que está em processo acelerado de descontrolo emocional, com os nervos à flor da pele e à falta de argumentos válidos, vem

filosofar e rebuscar matéria bafienta de tão ultrapassada que está. É que as eleições são daqui a dois meses e os subsidiados, os beneficiados do sistema e os corruptos, começam a ver a vida em perigo.

Por acaso, ou não, na mesma edição daquele jornal, em outro artigo, lá vem uma espécie de jornalista, ou articulista? Dizer que o Chega “não é um partido democrático, apesar de figurar no boletim de voto, como opção” e uma vez mais a escassa imaginação, porque segundo ela, se trata de um partido “racista e xenófobo”.

Para terminar e num momento em que se debate a crise da comunicação social, levantada pela questão do grupo Global Media, é caso para perguntar, porque é que não fazem jornalismo sério e credível e talvez as pessoas tivessem interesse em comprar os jornais e assim fossem sustentáveis e tivessem a dignidade de viverem apenas do talento e da capacidade de produzir jornais apelativos? Ao não fazê-lo, provavelmente terão de encerrar, da mesma forma que outras empresas encerram. O leitor lá terá as suas razões para não comprar e será sempre porque o produto não tem interesse. A vida é isto mesmo.

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