Alcochete vila pacata é, uma autêntica pérola na margem sul, concelho que ficou no ‘top five’ no parâmetro de maior rendimento ‘per capita’, vive hoje o reflexo do que acontece um pouco por todo o país, imigração descontrolada, aumento da criminalidade, pressão no ensino e na saúde, entre outros.
Primeiro foram os mariscadores ilegais, que apareceram há 15 anos, inicialmente eram imigrantes de leste (especialmente romenos) hoje, graças a redes de tráfico humano temos um enorme fluxo de imigrantes provenientes da Ásia.
São 15 anos a explorarem uma atividade ilegal, mas que gera milhões de euros todos os anos, com zero receita de impostos para o Estado. Esta atividade realiza-se em plena luz do dia à vista de todos, tanto a apanha como a venda dos bivalves e, salvo alguma incursões policiais onde são identificadas pessoas e apreendida mercadoria, sendo o impacto destas ações apenas ‘fait divers’.
O grosso da atividade que se realiza um pouco por todos os concelhos do arco ribeirinho sul, é centralizada em Alcochete, nomeadamente no Samouco onde existe a maior concentração destes ‘profissionais ilegais’, mas afeta igualmente os concelhos do Montijo, Moita, Barreiro e Seixal.
O Samouco vila tradicional, sofre hoje a pressão dos imigrantes ilegais ligados à apanha de bivalves e, com eles, a pressão das máfias de tráfico humano e do crime organizado com reflexo nos dias de hoje no aumento de toxico-dependentes e com estes, o aumento de assaltos violentos no Samouco e em Alcochete. Esta situação era inimaginável há bem pouco tempo.
São os sinais dos tempos, onde impera um poder político amorfo que vê o cidadão unicamente como um pagador de impostos. Problemas pequenos tornam-se gigantes por causa destes políticos e políticas de esquerda, que pese embora seja este um problema com vários pais e mães, a autarquia podia e devia fazer mais, pois se antes era um caso de poluição física e visual, hoje é um verdadeiro caso de polícia e de saúde pública.
No nosso entender a ilegalização total da apanha de bivalves no rio Tejo, contrariamente à legislação de hoje, que permite a apanha doméstica até 5Kg, algo que é controverso, pois os bivalves estão contaminados nomeadamente com mercúrio, tornando-se este também um caso de saúde pública.
No passado recente foram prometidas depuradoras, centros de tratamento, armazenamento e comercialização de bivalves, boas práticas mas com pouco impacto, pois as depuradoras no Algarve foram obrigadas a fechar porque as máfias controlavam todo o processo e o que ia para as mesmas era residual.
No rio Tejo, segundo os técnicos, mesmo com uma depuração os bivalves não estão em condições para consumo humano, sendo um risco elevado o seu consumo.
A proibição total da apanha de bivalves associada a uma verdadeira campanha de fiscalização, apreensão de mercadoria, detenção e expatriação de imigrantes ilegais, serviria de exemplo para o futuro.
A pergunta que deixamos é a seguinte, será que quem se dedica a uma atividade ilegal está legal em Portugal?
Recentemente as polícias fizeram uma grande operação que levou à detenção de cabecilhas de uma rede de tráfico humano e de bivalves, os imigrantes que vivem em condições ‘animalescas’ foram alojados num pavilhão do concelho e fornecidos meios decentes para pernoitarem e se alimentarem. No dia seguinte estavam de regresso às mesmas condições, sem que as autoridades tomassem as medidas exigidas.
Enquanto formos permissivos e nada fizermos contra estas vagas de imigrantes que em nada contribuem para o crescimento de Portugal, dedicando-se a atividades não declaradas, mas que usufruem de educação gratuita e saúde gratuita, estamos a hipotecar o futuro dos portugueses e a aumentar a pressão nos serviços do Estado.
Alcochete tem uma alternativa, a única que enfrentou o sistema e as máfias em 2021, a candidatura de que fiz parte, foi a única que disse ‘mariscadores ilegais em Alcochete não ‘, fomos trucidados na altura pela oposição à esquerda e à direita, mas hoje a população de Alcochete dá-nos razão.