É preciso assegurar “direitos” dos trabalhadores do GMG e dos acionistas

O presidente do CHEGA, André Ventura, defendeu hoje a necessidade de assegurar os direitos dos trabalhadores do Global Media Group (GMG), mas também da empresa e dos acionistas.

© Folha Nacional

“É importante que todos os direitos sejam salvaguardados. Os dos trabalhadores, que neste momento estão a passar uma situação bastante difícil, o grupo de media na sua função fundamental na democracia, e também termos a garantia de que quem investe e quem detém estes grupos também possa sentir que os seus direitos também são reconhecidos”, sustentou.

André Ventura falava aos jornalistas na Assembleia da República, quando questionado sobre a greve de 24 horas dos trabalhadores do GMG, no mesmo dia em que termina o prazo de adesão às rescisões voluntárias, para mostrar repúdio pela intenção de despedir até 200 profissionais e pela defesa do jornalismo.

“O Estado de direito democrático trabalha assim, a garantir os direitos dos que investiram, dos que trabalham, em vez de estar sempre a por uns contra os outros, que é o que a extrema-esquerda está a tentar fazer neste momento”, sustentou.

O presidente do CHEGA disse também que o partido acompanha uma eventual proposta de comissão de inquérito na próxima legislatura.

“Não rejeitaremos nenhum instrumento. É importante que o parlamento tenha aqui intervenção, tudo o que for para reforçar a transparência, estaremos certamente ao lado dessas decisões”, indicou.

André Ventura defendeu “transparência máxima” nesta situação e considerou “importante que a ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] faça o trabalho de perceber se estão a ser cumpridas estas regras ou não e de que forma possam não ter sido cumpridas”.

“Espero que tudo se resolva, seja a Global Media ou qualquer outro grupo, e espero que as regras de transparência sejam aplicadas”, afirmou.

O líder do CHEGA recusou uma intervenção do Estado do grupo, medida já admitia por partidos à esquerda, considerando ser “um mau caminho”.

“Temos que garantir que os media, que são atores fundamentais no espaço democrático, têm regras de transparência, e essas regras são aplicadas, temos de garantir que não há politização dos media” e que os trabalhadores dos órgãos de comunicação social “têm condições salariais e de dignidade para poderem estar”, defendeu.

“Precisamos de ter órgãos de comunicação social independentes, fortes, em que os seus profissionais estejam e sejam bem remunerados e tenham condições de fazer o seu trabalho importante para a democracia”, salientou.

O Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, a TSF e O Jogo cumprem hoje um dia de greve, e estiveram concentrados de manhã junto à Assembleia da República.

Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

Os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem o subsídio de Natal que, segundo a administração, será pago em duodécimos durante este ano, o que viola a lei.

O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA manifestou-se esta quinta-feira "chocado" com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.
O líder do CHEGA acusou o PCP de ser responsável por milhões de euros em despesa pública, apontando a criação de institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos como principais causas.
O CHEGA lidera as intenções de voto na Área Metropolitana de Lisboa, com 28,8%, enquanto o PS e a AD perdem terreno, de acordo com a última sondagem da Aximage, para o Folha Nacional.
O IRS está a surpreender pela negativa. Muitos portugueses estão a receber menos e alguns até a pagar. André Ventura fala em “fraude” e acusa Montenegro de ter traído a promessa de baixar impostos.
O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva no qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia”, afirmou André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de ter sido responsável por “arruinar a TAP, a ferrovia e a CP”, apontando o dedo à gestão feita durante a sua passagem pelo Governo.
O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.
Luís Montenegro ocultou do Tribunal Constitucional (TC) três contas à ordem em 2022 e 2023, contrariando a lei n.º 52/2019.
O partido mantém-se em terceiro lugar, mas volta a subir nas sondagens, ultrapassando pela segunda vez a fasquia dos 20% e ficando agora a apenas oito pontos percentuais do partido mais votado.
Já são conhecidas as listas de candidatos a deputados do partido CHEGA para as próximas legislativas. Entre as alterações anunciadas, destaca-se a escolha de Pedro Frazão para encabeçar a candidatura em Aveiro — círculo onde irão concorrer também os líderes do PSD e do PS. O Presidente do partido, André Ventura, voltará a liderar a candidatura por Lisboa.