O crescimento da lista de esquerda, anteriormente com 13% das intenções de voto, é impulsionado pelas transferências de votos do Renascimento, dos ecologistas, da esquerda radical França Insubmissa (LFI, na sigla em francês) e do Partido Comunista Francês (PCF).
Embora a posição de liderança do partido de direita radical pareça segura, o mesmo não acontece com os restantes partidos, principalmente com os de Macron e de Glucksmann, devido ao impacto dos eleitores indecisos, que podem decidir o segundo e terceiro lugares.
Numa altura em que o chefe de Estado francês continua a defender um investimento europeu a nível de defesa, devido ao conflito na Ucrânia sob invasão russa e à dependência da NATO, os franceses continuam divididos na questão militar.
A sondagem revelou que a maioria (58%) dos 10.651 franceses inquiridos votará tendo em conta as propostas dos partidos para questões nacionais, como o poder de compra, a imigração, a saúde e o ambiente, considerando que as questões europeias já são abordadas “corretamente”.
Para a maioria dos inquiridos (54%), as decisões tomadas a nível europeu têm um impacto “bastante negativo” na situação do país, contrariando a opinião de quem se prepara para votar na lista presidencial, já que Macron é conhecido como um “verdadeiro presidente europeu”, desejando uma Europa federal.
No dia 25 de abril, Macron discursou na Universidade de Sorbonne, em Paris, sobre as prioridades da França para a agenda estratégica da União Europeia, o que foi visto também como uma forma de entrar na campanha eleitoral para dar destaque ao seu partido e à principal candidata, Valérie Hayer.
As eleições para o Parlamento Europeu ocorrem entre 06 e 09 de junho.
Tanto na França como em Portugal, os eleitores irão deslocar-se às urnas no domingo, dia 09 de junho. Prevê-se que este escrutínio registe uma diminuição na participação dos eleitores face às eleições anteriores.