Portugueses e espanhóis acreditam que 2/3 dos políticos são corruptos

Portugueses e espanhóis acreditam que cerca de metade dos empresários são corruptos, uma perceção que abrange ainda cerca de dois em cada três políticos, segundo um estudo conjunto entre entidades dos dois países.

© DR

Segundo o relatório “Perceções comparativas da corrupção em Espanha e Portugal”, os inquiridos consideraram que a corrupção é mais prevalente na política e nos negócios, estimando, que 50% dos empresários e entre 60% e 70% dos políticos são corruptos.

Quanto a funcionários públicos, a perceção é de que 40% são corruptos, em linha com a perceção junto da população geral, segundo as conclusões citadas na sexta-feira pela agência de notícias EFE.

Em termos de práticas de corrupção, a maior preocupação não é o pagamento de subornos, que ficou nos 11% em Espanha e nos 10% em Portugal, contra a média europeia de 11%, mas sim a interação entre a política e os negócios.

De acordo com o relatório, 80% dos inquiridos em Portugal e 70% em Espanha consideraram que a corrupção é algo que faz parte da cultura empresarial do país e não é algo circunstancial, face a 60% da média europeia.

As conclusões foram apresentadas na sexta-feira, pelo professor de Ciência Política da Universidade de Múrcia Fernando Jiménez, pelo investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) Gustavo Gouvêa Maciel e pelo diretor da Agência Antifraude de Valência, Joan Llinares.

O estudo foi realizado com base em dois inquéritos em cada um dos países e com amostras representativas da população. A primeira fase decorreu entre dezembro de 2020 e abril de 2021 e inseriu-se no projeto EPOCA, com financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia e sob coordenação científica do ICS-UL.

Já o segundo inquérito foi realizado em Espanha e contou com o apoio da Agência Valenciana de Luta Antifraude e sob a coordenação científica da Universidade de Múrcia.

O objetivo foi fazer uma análise à perceção pública de diferentes aspetos relacionados com a corrupção, a ética e a integridade de elementos da vida pública nos dois países.

Embora haja diferenças entre Portugal e Espanha, o estudo nota que há tendências gerais que colocam a corrupção como um problema preocupante para ambos os países, com implicações na confiança nas instituições e na democracia, apontando para a necessidade de uma resposta política adequada.

Uma das maiores diferenças entre os dois países prende-se com o clientelismo. Se em Portugal a percentagem de inquiridos que consideram que o clientelismo político é necessário é de 70%, em Espanha esta percentagem recua para 49%, um valor próximo da média europeia, situada em 50%.

Últimas do Mundo

Um jovem russo a cumprir uma pena por ter alegadamente queimado o Corão foi condenado a 13 anos e meio de prisão por traição a favor da Ucrânia, anunciou hoje um tribunal regional russo.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se hoje favorável a uma mudança na estrutura militar do país, de forma a “reduzir a burocracia” e a facilitar a gestão das tropas envolvidas na guerra contra a Rússia.
O papa Francisco apelou hoje aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais, durante a missa.
Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram esta manhã os meios de comunicação do Líbano.
O Governo do Laos disse hoje estar "profundamente entristecido" pela morte de seis turistas ocidentais, alegadamente após terem bebido álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, uma cidade do noroeste do país, popular entre mochileiros.