APAV atendeu uma média de 45 vítimas por dia e apoiou 16.630 pessoas em 2024

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) atendeu no ano passado uma média de 45 vítimas por dia e apoiou mais de 16.630 pessoas, sendo a violência doméstica o crime dominante nos casos que chegaram à organização.

© D.R.

Os dados hoje divulgados, na véspera do Dia Europeu de Apoio à Vítima, que se assinala no sábado, mostram que a APAV registou 105.747 atendimentos nos vários serviços de proximidade – um aumento de quase 60% nos últimos quatro anos – num total de 31.242 crimes, mais 6% do que em 2023.

Entre todos os crimes e outras situações de violência que chegaram ao conhecimento dos vários serviços de proximidade da APAV, o crime de violência doméstica continua a ser o que mais prevalece, representando 76% do total (23.742), seguindo-se dos crimes sexuais contra crianças e jovens (1.990 – 6,4%) e os de ofensas à integridade física (836 – 2,7%).

A APAV registou ainda 751 crimes de ameaça e coação, 634 de difamação e injúria 534 crimes sexuais contra pessoas adultas, 364 burlas, 307 de incitamento ao ódio e violência e 191 de perseguição (stalking).

Durante o ano passado, a APAV atendeu, por semana, uma média de 177 mulheres, 66 crianças e jovens, 36 homens e 33 pessoas idosas.

A maioria das vítimas são mulheres (76,3%) e o perfil geral aponta para uma média de idades de 37 anos. Em 14,6% o agressor foi o cônjuge, em 12,4% o pai/mãe e em 9,5% o/a companheiro/a.

Os dados da APAV indicam que, em 2024, a organização atendeu, por semana, uma média de 177 mulheres, 66 crianças e jovens, 36 homens e 33 pessoas idosas.

Quanto às vítimas crianças e jovens (3,434), a maioria eram raparigas (58,9%) e em 42,3% dos casos o agressor foi o pai ou a mãe.

Nas pessoas idosas vítimas de crime (1.730), a maioria também foram as mulheres (76.2%), com uma média etária de 76 anos, e em mais de um em cada três casos (34,5%) o agressor foi o/a filho/a. Em 21,2% agressor foi o cônjuge.

Nos homens vítimas de crime (1.888) a média etária é de 47 anos e em 12,3% o agressor era cônjuge, em 9,2% o/a filho/a e em 8,7% o/a ex-companheiro/a.

A maioria das vítimas (51,5%) contactou a APAV por telefone, 22,4% por e-mail e em 17,75 dos casos o contacto foi presencial.

O local do crime foi a residência comum em quase metade dos casos registados (49,4%) , em 14,4% a residência da vítima e em 9,7% dos caso o crime foi cometido na via pública.

Quanto à referenciação para a APAV, em 49,4% dos casos as vítimas contactaram a organização por iniciativa própria, houve 12,6% de casos em que o envio foi feito pelos órgãos de polícia criminal e em 12,6% pelo Ministério Público e pelos tribunais.

A APAV tem 24 gabinetes de apoio, cinco equipas móveis e 35 pólos de atendimento, além da Linha de apoio à Vítima (116 006) e da Linha Internet Segura (800 21 90 90).

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