Oposição apoia fim de licenças para exportação de petróleo da Venezuela

A oposição da Venezuela congratulou-se hoje com a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump de acabar com as licenças de exportação de petróleo concedidas ao país, a partir de 01 de março.

©Facebook de Maria Corina Machado

“Este é um passo enorme que envia uma mensagem clara e firme de que [o Presidente da Venezuela, Nicolás] Maduro está em grandes apuros e que o Presidente Trump está com o povo venezuelano, com a segurança, a liberdade, a prosperidade e a paz em toda a região. Isto é muito importante”, disse Maria Corina Machado.

Durante uma conversa em vídeo com Donald Trump Jr, divulgada na plataforma de vídeos Rumble, a líder da oposição sublinhou ser uma decisão acertada e expressou a sua gratidão ao Presidente dos EUA.

“Esta é a coisa acertada a fazer e é o momento certo para a fazer. E, tenho a certeza de que trará consequências a muito curto prazo, de que o povo venezuelano neste momento se sente seguro de que não estamos sozinhos”, disse.

Donald Trump anunciou na terça-feira que vai acabar com as licenças de exportação de petróleo concedidas à Venezuela e explicou que deixarão de estar em vigor a partir de 01 de março.

“Estamos a reverter as concessões que o corrupto [ex–Presidente dos Estados Unidos] Joe Biden fez a Nicolás Maduro da Venezuela no acordo petrolífero de 26 de novembro de 2022, bem como as relacionadas com as condições eleitorais dentro da Venezuela, que o regime de Maduro não conseguiu cumprir”, anunciou Trump.

Trump fez o anúncio na sua rede social Truth Social, na qual se queixou de que o regime de Nicolás Maduro não acelerou a deportação dos “criminosos violentos” que, segundo ele, Caracas enviou para os Estados Unidos, como se tinha “comprometido”.

As licenças concedidas por Biden, que beneficiavam a petrolífera norte-americana Chevron, não foram renovadas em 2024, mas foram concedidas licenças individuais a alguns parceiros e clientes da empresa estatal venezuelana Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), permitindo que as exportações fluíssem para mercados como os EUA, Europa e Índia.

Nos termos da atual licença concedida pela administração Biden, a Chevron estava autorizada a operar na Venezuela até ao final de julho, pelo que a decisão de Trump antecipa em vários meses a cessação da atividade.

A Chevron é a única grande empresa petrolífera norte-americana a operar na Venezuela.

A saída da Chevron é um revés económico para a Venezuela, uma vez que a empresa tinha contribuído para a reativação da produção petrolífera venezuelana, que este mês ultrapassou um milhão de barris por dia, pela primeira vez desde junho de 2019, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

As exportações aumentaram 15% em janeiro, cerca de 867 mil barris por dia, muito devido a um aumento dos carregamentos da Chevron Corp.

Últimas do Mundo

O emblemático Arco do Triunfo, em Paris, símbolo das vitórias do exército francês, realizou hoje uma emotiva e inédita cerimónia em homenagem aos soldados do Corpo Expedicionário Português (CEP) da 1.ª Guerra Mundial, reunindo diferentes gerações.
Os ataques israelitas a Gaza nas últimas 48 horas fizeram mais de 90 mortos, adiantou o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, com Israel a intensificar a investida para pressionar o Hamas a libertar os reféns e desarmar.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou às suas tropas que observem um cessar-fogo na Ucrânia na Páscoa, a partir das 15:00 (hora de Lisboa) de hoje até domingo à noite, e instou Kiev a fazer o mesmo.
Os aviões Boeing 737 Max recusados por companhias aéreas chinesas já começaram a voar de regresso aos Estados Unidos, num momento em que se agrava a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump anunciou esta sexta-feira estar em curso uma revisão profunda do sistema da função pública, que lhe dará poder para contratar e despedir diretamente até 50.000 empregos reservados a funcionários federais de carreira.
A polícia antiterrorismo italiana anunciou hoje a detenção de um cidadão tunisino suspeito de ter ligações ao grupo Estado Islâmico (EI) e que, segundo as autoridades, planeava um atentado em Itália.
Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas num tiroteio na Universidade da Florida e o atirador, já detido, é um estudante da universidade, segundo o chefe da polícia da universidade, Jason Trumbower.
A polícia turca deteve 525 suspeitos de tráfico de droga durante a madrugada de hoje em Ancara, no que o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, disse ser a "maior operação de narcóticos" realizada na Turquia.
Um adolescente sueco foi acusado na Austrália de utilizar aplicações (app) de comunicação encriptadas para facilitar assassinatos por encomenda na Suécia e na Dinamarca, anunciaram hoje as polícias dos três países.
O Tribunal Supremo do Reino Unido decidiu hoje que a definição de mulher na legislação britânica sobre a igualdade de género deve ser baseada no sexo biológico, excluindo mulheres transgénero.