Papa Francisco preocupado com situação no Sudão do Sul e lamenta guerra no Sudão

O papa Francisco disse hoje que acompanha “com preocupação” a situação no Sudão do Sul, e também lamentou que “a guerra continue a fazer vítimas inocentes” no Sudão, pedindo negociações para uma trégua.

© D.R.

“Acompanho com preocupação a situação no Sudão do Sul. Renovo o meu sincero apelo a todos os líderes para que façam tudo o que for possível para reduzir a tensão no país”, disse Francisco no seu texto do Angelus divulgado hoje.

Francisco continua impossibilitado de se dirigir ao público a partir da janela do Palácio Apostólico do Vaticano devido à sua convalescença após a hospitalização.

Perante a situação no Sudão, Francisco apelou a que se ponham de lado “as diferenças” e se sentem “à volta de uma mesa e iniciar um diálogo construtivo”, porque “só assim será possível aliviar o sofrimento” da população e “construir um futuro de paz e estabilidade”.

O Sudão do Sul enfrenta uma crise após o Governo ter acusado o vice-presidente e líder da oposição, Riek Machar, de conspiração, e de a oposição ter exigido a sua libertação imediata, num contexto de tensão que pôs em causa o frágil acordo de paz de 2018.

O pontífice também fez hoje uma referência especial à situação no vizinho Sudão, voltando a pedir o fim do conflito armado em curso e apelando “às partes em conflito para que coloquem em primeiro lugar a proteção da vida dos seus irmãos e irmãs civis”.

“Espero que novas negociações, capazes de garantir uma solução duradoura para a crise, comecem o mais rapidamente possível”, acrescentou.

O papa apelou ainda à comunidade internacional para que “redobre os seus esforços” face ao que descreveu como a “terrível catástrofe humanitária” no Sudão.

Francisco voltou a fazer o seu apelo comum à paz para os conflitos “na atormentada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, na República Democrática do Congo e em Myanmar, que também está a sofrer muito com o terramoto”.

Ao mesmo tempo, sublinhou que na cena internacional também se registam “desenvolvimentos positivos”, como a ratificação do acordo sobre a delimitação da fronteira entre o Tajiquistão e o Quirguizistão, que “representa um excelente resultado diplomático”.

O texto do Angelus do dia coincidiu com o quarto domingo da Quaresma e o papa apelou a que se viva este período quaresmal como um tempo de cura.

“Caros amigos, vivamos esta Quaresma, especialmente no Jubileu, como um tempo de cura. Também eu a estou a viver assim, na alma e no corpo”, observou Francisco, que voltou a agradecer aos fiéis as suas orações pela sua saúde.

“A fragilidade e a doença são experiências que nos unem a todos”, acrescentou o Papa.

Francisco, de 88 anos, teve alta do Hospital Gemelli, em Roma, no passado domingo, após 38 dias de internamento devido a uma infeção respiratória grave, a sua mais longa hospitalização desde que assumiu o pontificado, em 2013.

Após a alta, o papa continua a convalescença no Vaticano. Os médicos recomendaram dois meses de repouso e ele não tem atividades ou eventos na agenda enquanto recupera a voz e a condição física.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.