As fábulas que se cruzam e o mutismo dos imigrantes ilegais às mãos das Máfias no Samouco

O problema da imigração, merece ser refletido por todos. O seu volume ultrapassa já um número de tal modo elevado, que começa a surpreender muitos Samouqueiros.

Perante dados estatísticos trabalhados quer quantitativamente, quer qualitativamente, esta uma realidade teima em perdurar no tempo!

De um momento para o outro, mas sempre em crescendo, os imigrantes vêm chegando em grandes levas. O resultado desta movimentação humana, por vezes, apresenta-se desastroso, para muitos deles e para quem os acolhe. Sem condições aceitáveis para os recebermos, vão-se amontoando aos grupos, à espera de uma possível legalização.

Asiáticos, apanhados no ano de 2023 e 2024 em megas operações pelas entidades competentes, em situação de ilegalidade, é um caso que me arrepiou e continua a ser arrepiante nos dias de hoje.

Às mãos de traficantes de sangue humano, sem vida digna, amontoam-se em pequenas habitações, sem as mínimas condições, mal remunerados, aí vegetam, habitando casas insalubres e altamente povoadas. São mais de 1000 os mariscadores ilegais que todos dias entram pela praia do Samouco, para apanhar amêijoa-japónica. Estes homens e mulheres, na maioria tailandeses, são o elo mais fraco de uma rede criminosa.

Chegam a Portugal com promessas de trabalho, mas acabam por ficar presos a intermediários e sofrem ameaças. Em média, os mariscadores vendem a amêijoa a 3 euros o quilo; já os intermediários, depois de ensacados os bivalves, vendem a 18 euros, num negócio ilegal que pode render até 30 milhões de euros por ano.

No Samouco, local onde se apanha 80% da amêijoa-japónica, todos conhecem a atividade ilegal, mas impera o silêncio. O medo fala mais alto.
Será necessário um esforço em conjunto com objetivo de desmantelar as redes criminosas associadas à captura ilícita, comércio e tráfico internacional de bivalves, bem como proteger os recursos naturais do país, ao mesmo tempo que se combate a exploração de trabalhadores imigrantes em situações vulneráveis.

São Máfias implementadas com controle de apanha ilegal de bivalves, e transportes assegurados para o país vizinho, todo o circuito é feito de forma ilegal e visto como um negócio em grande escala, atrevo-me a dizer que esta apanha ilegal de amêijoa japonesa no estuário do Tejo é um negócio semelhante a tráfico de droga em Portugal, onde impera a criminalidade organizada sem impostos!

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