HERNÂNI DIAS VOLTA A ESTAR DEBAIXO DE FOGO

Mais dois nomes estão na ribalta por corrupção e não só. E o que não surpreende, nem ao CHEGA, nem a ninguém, é serem nomes ligados ao PS e PSD.

©️ Governo de Portugal

Os escândalos nas autarquias não dão tréguas e há agora dois nomes sob fogo cerrado. Comecemos pelo caso mais recente: Hernâni Dias.
Na quarta-feira, o país voltou a ouvir o nome do ex-secretário de Estado, antigo presidente da Câmara de Bragança e atual deputado na XVII Legislatura, uma vez mais, pelos piores motivos. A comunicação social voltou a encher páginas com a notícia de que a Polícia Judiciária (PJ) realizou novas buscas na Câmara Municipal de Bragança, relacionadas com obras realizadas durante os mandatos de Hernâni Dias, confirmou à Lusa uma fonte da autarquia.

O atual presidente da Câmara de Bragança, Paulo Xavier, informou que os inspetores chegaram aos Paços do Concelho por volta das 9h da manhã, tendo as diligências decorrido ao longo de todo o dia. O autarca afirmou desconhecer em detalhe o teor da visita, mas adiantou que a ação está relacionada com o processo que envolve as obras de alargamento da zona industrial das Cantarias e da circular interior de Bragança – empreitadas executadas durante a presidência de Hernâni Dias, que voltou a ser eleito deputado pelo distrito nas listas da AD, a 18 de maio. No combate à corrupção, o CHEGA destaca-se como o partido que mais propostas apresentou.

Entre elas, a chamada ‘Lei Ventura, que visa permitir o confisco de bens associados a suspeitas de corrupção e limitar os abusos no direito de recurso nos tribunais. “Há um estudo que mostra que o grande foco da corrupção está na administração local.

É inadmissível que políticos cheguem ao poder sem recursos e saiam milionários. Temos de acabar com este enriquecimento ilícito”, afirmou André Ventura, sublinhando que “devia ser um serviço público transparente, mas tornou-se num terreno fértil para negócios e clientelismos.” “Os políticos devem ser responsabilizados não só criminalmente, mas também socialmente, pela corrupção e pelo desperdício dos recursos públicos”, reforçou o líder do CHEGA. Um dia antes das buscas em Bragança, a P) já tinha conduzido diligências semelhantes na Câmara Municipal do Montijo (PS), no âmbito de uma investigação a alegadas irregularidades na contratação pública por parte de funcionários da autarquia.

Segundo os meios de comunicação, estas diligências abrangeram “uma empresa com a qual a autarquia estabeleceu contratos de adjudicação de obras públicas, sem o cumprimento das regras legais em vigor”. Em causa poderão estar crimes de corrupção, participação económica em negócio e abuso de poder, relacionados com a substituição do pavimento de um parque infantil no Parque Municipal do Montijo, num valor estimado de 250 mil euros. Os factos em investigação reportam-se ao período entre 2021 e 2023, quando a autarquia era liderada pelo socialista Nuno Canta.

Últimas de Política Nacional

O Tribunal Constitucional (TC) confirmou, em conferência, a decisão definitiva de perda de mandato do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, do PS, por uso indevido de um carro deste município do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor um desagravamento do IRS maior do que o previsto pelo Governo para contribuintes dos escalões da classe média e uma dedução das despesas de habitação até 850 euros.
O CHEGA anunciou hoje que Miguel Corte-Real, de 39 anos, gestor, será o candidato do partido a presidente da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.
O CHEGA vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria “independente completa” aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
O Parlamento aprovou hoje o pedido de urgência do Governo para apreciação da proposta de lei do Governo sobre IRS, apenas com a abstenção do PCP.
Apesar de o Governo ter “dado razão ao CHEGA” na imigração, as medidas ficam aquém. Ventura não poupa nas críticas e acusa o Executivo de “andar a reboque” das ideias que o CHEGA defende há anos.
O encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22:00 foi hoje rejeitado pelo PSD, CDS, CHEGA, PS e IL.
Segundo o Projeto de Lei, os motivos invocados prendem-se com a Constituição que garante a igualdade e dignidade social, sem privilégios por religião, ideologia ou género, e não só.