Presidente da Guiné-Bissau recusa explicar em Cabo Verde razões de expulsão de Lusa, RTP e RDP

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, escusou-se hoje, em Cabo Verde, a explicar os motivos da expulsão dos órgãos de comunicação social portugueses, justificando que o problema é entre a Guiné-Bissau e Portugal.

©Facebook de General Umaro Sissoco Embaló

“É um problema da Guiné-Bissau com Portugal, não é com Cabo Verde. Não vou responder a isso”, disse o Presidente guineense quando questionado pelos jornalistas, no Palácio do Governo, na cidade da Praia.

O Governo da Guiné-Bissau decidiu na sexta-feira expulsar as delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP do país, suspender as suas emissões com efeitos imediatos e ordenar aos seus representantes que deixem o país até terça-feira. Não foram avançadas razões para esta decisão.

“Não vou falar nada sobre Portugal em Cabo Verde”, reforçou Sissoco Embaló.

Perante a insistência dos jornalistas sobre a liberdade de expressão e imprensa ser um valor universal, Sissoco Embaló rejeitou que estes valores estejam em causa na Guiné-Bissau.

“Podem ir à Guiné-Bissau e ver se está interditada a liberdade de expressão. Façam-me essa pergunta na Guiné-Bissau”, disse.

O Presidente da Guiné-Bissau chegou hoje a Cabo Verde para uma visita destinada a manifestar solidariedade aos cabo-verdianos após a tempestade que atingiu a ilha de São Vicente, a 11 de agosto, provocando nove mortos e mais de duas centenas de desalojados, além da destruição de casas, estradas e infraestruturas de abastecimento de água e energia.

A visita, que esteve inicialmente prevista para sexta-feira, foi adiada para hoje devido a uma avaria no avião que iria transportar o Presidente guineense, de acordo com informações das autoridades cabo-verdianas.

O chefe de Estado guineense foi recebido no Palácio do Governo pelo primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva.

Também a visita que o Presidente da Guiné-Bissau tinha agendada para segunda-feira à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, foi adiada.

A Guiné-Bissau detém atualmente a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que assumiu na cimeira da organização em 18 de julho, na capital guineense.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português repudiou a expulsão dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses, que classificou como “altamente censurável e injustificável”, e manifestou a intenção de pedir explicações ao Governo guineense.

Últimas do Mundo

Mais de 16 mil pessoas morreram no Haiti nos últimos três anos em resultado de violência armada, alertaram hoje as Nações Unidas (ONU) sobre aquele país caribenho, acrescentando que "o pior está para vir".
A polícia encontrou explosivos na mochila da vítima mortal e presumível autor de um incêndio em Munique que levou hoje ao encerramento da Oktoberfest, a festa da cerveja, anunciaram as autoridades alemãs.
A Procuradoria-Geral Federal alemã indicou que os suspeitos estão envolvidos, desde o verão passado, na aquisição de armas de fogo.
Sete homens foram condenados a penas entre os 12 e os 35 anos de prisão pela violação de duas raparigas, que transformaram em escravas sexuais durante cinco anos, num caso que envolve um gangue de exploração sexual.
O Presidente Donald Trump considerou hoje que será um insulto para os Estados Unidos se não receber o prémio Nobel da Paz, ao discursar perante centenas de oficiais norte-americanos de alta patente perto de Washington.
O número de cidadãos de países terceiros que receberam ordem de saída da União Europeia (UE) no segundo trimestre aumentou 3,6% e o de pessoas que cumpriram subiu 12,7% face ao período homólogo, divulgou hoje o Eurostat.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou hoje um decreto que determina o recrutamento de 135.000 russos para realizarem já o serviço militar, embora as autoridades de Moscovo tenham esclarecido que estes não serão destacados para terreno ucraniano.
Pelo menos 26 pessoas morreram e 33 ficaram feridas como consequência de três tempestades que afetaram este fim de semana o arquipélago das Filipinas, segundo dados oficiais revelados hoje.
A Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet) alertou hoje para uma "situação potencialmente perigosa" e pediu "precaução" perante a previsão de chuvas de mais de 30-40 litros por metro quadrado numa hora.
As autoridades do Vietname ordenaram a deslocação de milhares de pessoas antes da chegada, este domingo, do tufão Bualoi, entre sinais de alerta por ventos fortes de até 133 quilómetros por hora e risco de inundações.