“Temos de estar preparados a qualquer momento para o confronto. Hoje, nem sequer estamos numa situação de cessar-fogo, mas sim de cessação das hostilidades”, afirmou Aref, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Israel lançou um ataque surpresa contra o território iraniano em 13 de junho, no meio da guerra contra o grupo extremista palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Durante o conflito com Teerão, que durou 12 dias, Israel efetuou centenas de ataques contra instalações militares e nucleares, matando cientistas ligados ao programa nuclear iraniano e oficiais de alta patente.
O Irão retaliou com mísseis e ‘drones’ contra Israel e atacou a maior base dos Estados Unidos no Médio Oriente, no Qatar.
Os Estados Unidos bombardearam instalações nucleares no Irão em 22 de junho e anunciaram um cessar-fogo dois dias depois.
O Irão “prepara planos para o pior cenário”, afirmou anteriormente Yahya Rahim Safavi, conselheiro militar do líder supremo iraniano Ali Khamenei, citado no domingo pelo jornal Shargh.
“Não existe atualmente um verdadeiro cessar-fogo, estamos em fase de guerra, e esta pode eclodir a qualquer momento”, afirmou.
“Não existe nenhum protocolo, nenhuma regulamentação, nenhum acordo entre nós e os israelitas, nem entre nós e os americanos”, acrescentou o conselheiro de Khamenei.
Desde o cessar-fogo, responsáveis e comandantes militares iranianos têm afirmado que o país está pronto para um novo confronto, sem, no entanto, procurar a guerra.
Mais de mil pessoas foram mortas no Irão durante o conflito de junho, segundo as autoridades iranianas.
Israel registou 28 mortos devido aos ataques iranianos.
As potências ocidentais e Israel acusam o Irão de procurar dotar-se de armas nucleares, uma acusação que Teerão sempre negou.
O Irão lidera o chamado “eixo de resistência” contra Israel e os Estados Unidos, que integra o Hamas, o Hezbollah libanês e os rebeldes huthis do Iémen, além de outros grupos extremistas da região.