Estes indicadores fazem parte do Quatro Global de referência (QGR) do Serviço Nacional de Saúde (SNS), hoje publicado em Diário da República, que prevê um aumento de 1,8% no numero de trabalhadores no SNS este ano.
O QGR publicado no ano passado apontava para um aumento da percentagem de utentes com médico de família atribuído, que passaria dos 86% em 2024 para 91% este ano e 98% em 2026.
Este ano, o documento, assinado pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, prevê um aumento nos níveis de produção do SNS, passando de um total de 47.177.203 consultas médicas este ano para 4.648.975 em 2026 e 48.125.465 no ano seguinte.
As previsões apontam igualmente para um ligeiro aumento na percentagem de primeiras consultas de especialidade hospitalar referenciadas pelos Cuidados de Saúde Primários: 9,73% em 2025, 9,74% em 2026 e 9,75% em 2027.
Está igualmente previsto um aumento no número de cirurgias (778.020; 801.360 e 817.388) e uma redução dos episódios urgentes (4.994.888; 4.642.565; 4.315.094).
Quanto aos indicadores de qualidade, o QGR prevê uma redução na taxa de internamentos evitáveis na população adulta por 100.000 residentes (540,38; 510,00; 493,86) e uma subida na percentagem de cirurgias em ambulatório, de doentes saídos para hospitalização domiciliária e da taxa de cobertura dos rastreios oncológicos (14,95%, 33,20% e 46,40%).
No que se refere ao desempenho, o Índice de acompanhamento do doente crónico (hipertensão arterial, diabetes e doença respiratória), que caiu de 2024 para este ano (de 75,70 para 74,24), deve manter-se em 2026, subindo para 74,95 em 2027.
O texto do despacho diz ainda que o processo “foi objeto de diálogo continuado com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, com as diferentes instituições que integram o Ministério da Saúde e, por sua vez, deste com o Ministério das Finanças”.