De acordo com dados oficiais da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a ocupação média dos hotéis e pensões aumentou 0,9 pontos percentuais, em comparação com o mesmo mês de 2024, e é a mais alta desde 2018.
Em outubro, o território tinha 147 hotéis e pensões, mais um do que no ano passado e o número mais elevado desde que a DSEC começou a compilar estes dados, em 1997, ainda antes da transição de administração de Portugal para a China.
Os cerca de 45.200 quartos estiveram mais ocupados porque o número de hóspedes aumentou 3% em termos anuais no mês passado, ultrapassando 1,21 milhões.
No que toca ao período entre janeiro e outubro, o território regista também uma subida em termos anuais de 0,4%, para 12,1 milhões de hóspedes.
Nos primeiros 10 meses de 2025, Macau recebeu 33,1 milhões de visitantes, mais 14,1 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.
No entanto, 58,5% dos visitantes (19,4 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.
O número de hóspedes continuou a subir em outubro, mês em que os hotéis baixaram os preços médios dos quartos para 1.413 patacas (152 euros), menos 0,5% do que no mesmo mês de 2024, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 48 estabelecimentos locais.
Segundo o relatório, divulgado pela Direção dos Serviços de Turismo, a descida deveu-se sobretudo aos hotéis de cinco estrelas, cujo preço médio caiu 1,8%, para 1.572 patacas (169 euros).
Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.
O anterior recorde, 14,1 milhões de hóspedes, tinha sido fixado em 2019, antes da pandemia de covid-19, num ano que Macau terminou com apenas 38.300 quartos em 122 estabelecimentos hoteleiros.
“Temos cada vez mais turistas, mas o nível de consumo está a baixar”, alertou, em 13 de maio, o líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai.
O consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 9,5% nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
A DSEC já tinha apontado a “alteração do padrão de consumo dos visitantes” como uma das principais razões para a queda de 1,3% da economia de Macau entre janeiro e março.
Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.