Valha-nos São Judas Tadeu, o Santo das causas impossíveis!

O sistema bancário norte-americano foi abalado, na última semana, pelo colapso de dois bancos. Primeiro o Silicon Valley Bank e depois o Signature. O primeiro, que tem como principais e grandes clientes as start-ups, foi uma vítima da subida das taxas de juro que levou os empresários a levantarem dinheiro para fazerem face às despesas; o segundo, foi uma consequência da falta de confiança que se gerou no mercado financeiro. E vamos ver se não haverá mais danos colaterais.

Para já, os especialistas dizem que a situação está controlada. No entanto, as bolsas europeias estão já a tremer com medo que a situação de 2008 se repita: Lisboa chegou a perder, esta semana, 2,15%, Londres 2,58%, Paris 2,90%, Frankfurt 3,04%, Madrid 3,51% e Milão 4,03%.

Isto mostra como o mercado está receoso dos próximos tempos. E também nós devemos recear.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, já veio dizer que o “sistema bancário europeu está robusto e tem regras apertadas”. Ah! Então podemos dormir descansados.

Só que não. Primeiro porque eu não acredito numa única palavra de um ministro das Finanças que não assume as suas responsabilidades na gestão caótica da TAP que tantos milhões de euros tem custado aos contribuintes e, depois, porque acredito menos ainda num ‘boy’ do PS que só é ministro das Finanças porque António Costa precisa que seja.

Medina disse que o “sistema bancário europeu está robusto”, mas não foi capaz de dizer o mesmo do sistema bancário português e sabe bem o porquê. Mas não é apenas o sistema bancário nacional que não está robusto, também o sistema económico não está. E porquê? Os defensores do socialismo dirão que a culpa é do covid-19 e da guerra na Ucrânia. Só que há mais Costa para além disso. É que convém lembrar que António Costa é primeiro-ministro desde 2015 e a pandemia só apareceu em 2020. Feitas as contas, Costa teve cinco anos para desenvolver a economia portuguesa, criando mais e melhores postos de trabalho e, especialmente, criando condições para que as empresas investissem mais, o que só poderia ter acontecido com uma redução de impostos.

Só que não! António Costa e a sua trupe mantiveram a altíssima carga fiscal, tanto para particulares, como para empresas. E agora? Agora temos empresas sufocadas por impostos que não conseguem pagar mais aos seus funcionários e que não conseguem criar empregos. Logo, temos cidadãos que recebem salários miseráveis que, em muitos casos, não lhes permite sequer ter um mínimo de dignidade na sua vida.

Posto isto, resta-nos preparar-nos para o pior, esperando, obviamente o melhor. Vou acender uma vela a São Judas Tadeu, o Santo das causas impossíveis.

 

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